Aprimorar técnicas de contenção e dispersão de pluma, controlo de vaporização e extinção de incêndio foi o objectivo do treino prático – pioneiro na Península Ibérica – com fogo real de gás natural liquefeito, realizado na passada sexta-feira no Porto de Sines.
O exercício consistiu, segundo a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), na inflamação de “cerca de três metros cúbicos de gás natural liquefeito, em obstáculo do tipo ‘pool fire’, correspondentes a cerca de 1 800 metros cúbicos de gás natural na sua forma gasosa”, que permitiu testar a capacidade de resposta das equipas de intervenção especial locais.
“O projecto de estabelecer um parque de treinos específico para este produto tem vindo a ser trabalhado entre a autoridade portuária [APS] e a concessionária [REN Atlântico], com o intuito de treinar os ‘first responders’ de ambas as entidades em ocorrências que envolvam derrames e inflamação de gás natural liquefeito”, revela a APS em comunicado, destacando que a realização deste tipo de exercício não era, até então, possível de executar na Península Ibérica.
A autoridade portuária reforça, na mesma nota, que estes exercícios “são essenciais para manter um adequado nível de treino das equipas de segurança e protecção, no âmbito do Plano de Emergência do Porto de Sines”, de forma a garantir preparação máxima para “uma pronta resposta a eventuais situações de emergência”.
No Porto de Sines, destaca ainda a APS, encontra-se localizado “o único terminal de gás natural do país, que actualmente é responsável pelo fornecimento de cerca de 90% das necessidades nacionais, assumindo-se como uma alternativa bastante viável ao gasoduto terrestre”, que liga a Argélia à Europa.
O primeiro treino prático com gás natural liquefeito envolveu a REN Atlântico, concessionária do terminal especializado, onde é movimentada o referido produto, e a APS.