Exposição, intitulada “A Pedalar pela fronteira”, reúne trabalhos da autoria do artista Pedro Gil, natural de Leiria
Uma aventura de bicicleta pelos “limites de Portugal” deu origem a uma exposição de aguarelas, com os locais mais emblemáticos do país, patente no Centro de Artes de Sines, até ao final deste mês.
A exposição, intitulada “A Pedalar pela fronteira”, reúne trabalhos da autoria do artista Pedro Gil, natural de Leiria, divulgou a Câmara de Sines.
A iniciativa, afirmou o município, faz parte de um projecto que o artista e cicloturista iniciou em 2021, durante a pandemia de covid-19, para satisfazer a sua vontade de percorrer de bicicleta “os limites de Portugal”.
Durante a sua aventura, continuou, Pedro Gil recolheu imagens de paisagens e dos “locais mais emblemáticos por onde passou”, as quais foram eternizadas em pequenas aguarelas que compõem a mostra.
“Durante as minhas viagens havia a parte enriquecedora das imagens e dos espaços que ia visitar, que desconhecia, e depois havia a parte física para a qual não estava minimamente preparado, porque foram muitos quilómetros”, contou o artista à agência Lusa.
Na viagem pelo interior de Portugal, percorreu 1300 quilómetros, ao longo de 21 dias, e em 2022, voltou a repetir a aventura, desta vez pela costa, ligando Moledo, no distrito de Viana do Castelo, e Vila Real de Santo António, no de Faro, durante 25 dias, num total de 1100 quilómetros. Em 2023, foi a vez de ‘pedalar’ pelo arquipélago dos Açores.
“O interessante [na viagem] no interior é que houve pessoas que abriram de propósito casas que estavam fechadas para eu poder lá dormir”, recordou o artista, que tem “um percurso académico sempre com base em óleo e acrílico”.
Este projecto deu a Pedro Gil a possibilidade de uma abordagem à técnica da aguarela, estando exposta “a maioria das 116 aguarelas” que pintou, com o intuito “de dar a conhecer Portugal de uma forma diferente”.
“Na viagem pelo interior, pensei que tinha tempo para tudo. Levei imensa tralha [incluindo] aguarelas e achei que seria interessante ir pedalando e tirando imagens” dos percursos, explicou.
Mais tarde, as aguarelas “voltaram a surgir como forma de financiar a viagem pela costa” de Portugal.
“Entretanto, estes trabalhos estavam a correr tão bem e estava a gostar tanto daquilo que pensei que deveria fazer uma exposição e dar a conhecer” este trabalho, acrescentou.
Agora, “achei que seria importante passar pelos sítios onde fui e mostrar os lugares em aguarela”, numa exposição itinerante que já passou por cinco cidades do país, notou.
Segundo Pedro Gil, que disse já estar a pensar na próxima aventura, que vai ter a Madeira como destino, a realização desta exposição “é uma boa maneira de divulgar Portugal, o turismo interno e conhecer” o que existe no país.
A mostra está patente no átrio e espaço de periódicos do Centro de Artes de Sines, podendo ser visitada de segunda a sexta-feira entre as 10 e as 20 horas, enquanto, aos sábados e feriados, o horário é das 12 às 18 horas.