3 Maio 2024, Sexta-feira
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Misericórdia de Sines encerra em fevereiro centro de apoio a jovens mães solteiras

“Temos algumas respostas sociais que dependem exclusivamente do Estado e que não são rentáveis e dão prejuízo”, refere o provedor, Eduardo Bandeira

 

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A Misericórdia de Sines anunciou que vai encerrar, em Fevereiro, o Centro de Apoio à Vida “Mãe Sol”, que acolhe jovens mães solteiras, grávidas ou com filhos menores, por dificuldades em garantir a sua sustentabilidade.

Trata-se de uma “resposta social”, criada em 2001, que tem capacidade para acolher sete mães e sete crianças, mas que “depende exclusivamente do Estado”, revelou esta quarta-feira à agência Lusa o provedor da santa casa da misericórdia, Eduardo Bandeira.

“Temos algumas respostas sociais que dependem exclusivamente do Estado e que não são rentáveis e dão prejuízo. Se fosse uma situação pontual, num determinado período do ano, seria aceitável, mas quando estão continuamente, ano após ano, nesta situação não é sustentável” em termos financeiros, argumentou.

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De acordo com o provedor, a decisão de encerrar o Centro de Apoio à Vida (CAV) “Mãe Sol” foi “tomada em Novembro do ano passado”, uma vez que a Misericórdia de Sines “não tem condições de continuar a desempenhar estas funções do Estado”.

“Até ao limite de 19 de Fevereiro, o [CAV] irá encerrar”, apontou o responsável, frisando: “A decisão está tomada, está aceite pela Segurança Social e portanto é uma decisão a cumprir”.

De acordo com a Misericórdia de Sines, o centro foi inaugurado em Outubro de 2001, no âmbito do Projecto de Luta Contra a Pobreza, e as suas instalações situaram-se inicialmente num apartamento em Vila Nova de Santo André, no vizinho concelho de Santiago do Cacém e cedido pela Administração dos Portos de Sines e do Algarve.

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Em 2016, o centro foi mudado para um edifício desactivado da instituição em Sines, após obras de reabilitação, disponibilizando quartos individuais e mais divisões, num investimento de cerca de 90 mil euros.

Actualmente, o CAV alberga “três mães que ainda precisam de ser colocadas noutros centros”, especificou Eduardo Bandeira.

O provedor explicou ainda que “todos os trabalhadores [deste centro] são integrados em outros serviços” da instituição, existindo apenas “uma excepção”.

O centro dá resposta preferencialmente a pedidos da zona sul, nomeadamente dos concelhos de Sines, Santiago do Cacém, Alcácer do Sal e Grândola, no litoral alentejano, bem como a nível distrital, podendo, caso haja vaga, responder a outras solicitações a nível nacional.

Tem como objectivo proporcionar abrigo e todos os cuidados necessários às jovens mães, vítimas de maus-tratos, abandono, sem alojamento, desempregadas e sem apoio familiar.

E pretende proporcionar-lhes condições que favoreçam o normal desenvolvimento da gravidez, promovendo ainda a aquisição de competências pessoais, maternais, profissionais, escolares e sociais.

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