Vítor Costa: “A Arrábida pode ser uma marca internacional”

Vítor Costa: “A Arrábida pode ser uma marca internacional”

Vítor Costa: “A Arrábida pode ser uma marca internacional”

Em entrevista ao DIÁRIO DA REGIÃO, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa fala de crescimento do sector turístico e aborda os investimentos de importância capital para a região

 

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No aproveitar é que está o ganho. Vítor Costa considera que se deve aproveitar a intensidade turística potenciada pela democratização do turismo e defende que não existem turistas a mais em Lisboa. Quanto à decisão da construção de um novo aeroporto, o presidente da Entidade de Turismo de Lisboa só vê como única solução viável manter o Aeroporto da Portela com algumas alterações e ter uma pista complementar no Montijo.

 

 

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A Entidade Regional de Turismo foi criada há cerca de três anos. Que balanço faz desta nova organização?

Estamos a viver um momento importante para o turismo, a nível nacional e regional. Há um crescimento, um desenvolvimento, e o balanço não pode deixar de ser favorável nesse sentido. Há uma contradição entre aquilo que são os estatutos e o regime próprio, a lei própria das entidades regionais de turismo. Há uma participação privada, mas as entidades são públicas. Nesse sentido, há um agravamento da capacidade de intervenção burocrática e admnistrativa e também das decisões internas da própria entidade. Qualquer alteração orçamental tem que ser pedida ao Governo, em alguns casos aos ministérios da Economia e Finanças. Portanto, há uma contradição que não foi resolvida, tal como também não vimos ainda um movimento de descentralização do Estado para estas entidades.

Não sou defensor que estejamos sempre a discutir as mesmas coisas. Agora, mesmo a partir da realidade que existia poderia ter-se caminhado para uma clarificação ou para um mero aproveitamento destas entidades pelo Estado em geral. E não tinha de ser igual para todas, até porque as realidades não são todas iguais.

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Na perspectiva da Costa Azul, que balanço faz do novo modelo territorial? Tem-se ganho com o novo modelo, perdeu-se alguma coisa?

Não fazemos esse tipo de balanço, porque não temos de o fazer. Quando fomos eleitos foi numa determinada realidade e situação e fizemos a primeira coisa que se devia fazer, um plano estratégico, que foi bem discutido entre todas as entidades. Está aprovado e em vigor e tem sido relativamente consensual. O plano tem em conta a realidade da região de Lisboa, que é muito diferente da maior parte delas.

 

Há um ano, dizia que a estratégia relativamente à Arrábida passava sobretudo pela infra-estruturação da visitação da Arrábida. Disse que esperava pela tradução prática e resultados concretos a curto-prazo. Já existem esses resultados?

Há resultados. Estamos numa conjuntura favorável para o turismo em geral e, se fizermos um ‘zoom’ para a nossa região, podemos ver que este ano a Arrábida cresceu 11%. A região cresceu 6%, é evidente que a base de partida é diferente, não é igual para a Arrábida ou para a cidade de Lisboa, mas é uma tendência e é essa a nossa estratégia. Neste momento, temos 21 postos identificados na Arrábida e estamos a pensar trabalhar isso com os municípios e Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). Portanto, eles estão em fase de poderem passar à concretização. Há uma dificuldade práctica que tem de ser resolvida e que tem a ver com o facto de não conseguirmos implementá-los, pelo menos na sua grande maioria, senão tivermos autorização dos proprietários dos terrenos em alguns casos.

Também temos tido uma incidência grande ao nível de relações públicas, de tentar divulgar o sub-destino turístico da Arrábida. Por exemplo, em 2015 tivemos cá jornalistas a fazer trabalhos, que incluíam a Arrábida, de Brasil, Canadá, EUA, China, Espanha, Alemanha, França, Itália, Suíça e Polónia. Aquela jornalista do USA Today que veio cá a convite nosso, veio duas vezes, a segunda a convite da Câmara de Setúbal e colocou o Mercado do Livramento num dos 10 melhores mercados do mundo. Depois, estamos a tentar disponibilizar e motivar as empresas para isso, com o plano de promoção conjunta com empresas. Neste momento, estão nove empresas envolvidas, mas desejamos que sejam mais. Divulgámos isso e com apoios para esses programas, que serão entre 40% a 50%, consoante os grupos (individuais ou colectivos). Estamos aqui a trabalhar a vários níveis. Por exemplo, no caso do “Stopover” da TAP, que foi um investimento grande da Entidade Regional este ano, no sentido de procurar que aqueles milhões de turistas que passam pelo Aeroporto de Lisboa fiquem mais que um dia em Portugal. A TAP criou um programa para criar experiências e atractivos para eles ficaram duas ou três noites e a Entidade Regional tem uma série de experiências que oferece a esses turistas, algumas das quais na zona da Arrábida, como a observação de golfinhos ou visita às caves de Azeitão. Tivemos dois, três meses e foi só o lançamento e houve 20 mil pessoas a usufruir das experiências.

 

A região de Setúbal tem apresentado índices superiores o resto do território da Entidade Regional de Turismo, pelo facto de também estar num patamar muito mais baixo, em termos globais, ronda os 10% da procura e os outros 90% tem a ver com a Região de Lisboa e Grande Lisboa. Há algum tempo dizia que a península de Setúbal tinha muitos recursos, mas que era importante conseguir finalizar o trabalho de transformação desses recursos num produto. Já há produtos agora?

Sim, na Arrábida nós identificamos e privilegiamos dois produtos, que são o enoturismo e o turismo de natureza. Não vamos ficar à espera que as empresas venham ter connosco, vamos estimulá-las a vender produtos já concretos, como os passeios com ou sem dormidas.

 

No caso do enoturismo nota-se que há um crescimento muito grande da oferta, quer nas unidades associadas às adegas que estão a investir nisso, algumas delas até fora das adegas. Mas o enoturismo não está ainda muito centrado em Azeitão.

Ainda há muito a fazer. O problema dos circuitos integrados e de um produto enoturístico mais forte tem a ver sempre com a dimensão. Nós podemos espalhar placas a dizer que é uma rota qualquer e depois as pessoas vão atrás dessa placa e batem com o nariz na porta. E nós não podemos criticar o empresário, porque também não é obrigado ou não se justifica mediante a racionalidade económica que monte uma estrutura à espera que apareça um cliente por mês.

 

No Alentejo têm sido feitos guias, que tentam criar percursos e depois promovê-los…

Nós temos trabalhado em conjunto com as entidades como a Rota dos Vinhos e com a Comissão Vitinícola Regional (CVR) de Setúbal, com quem temos uma relação muito próxima. Fizemos logo uma leitura: onde está o mercado potencial da região? A primeira coisa que a região de Lisboa no seu conjunto tem é um principal mercado emissor para dentro da própria região. Portanto, já fazemos há dois anos e vamos voltar a fazer em Dezembro um evento em Lisboa para promover os vinhos da região, porque sabemos quem são os maiores clientes nacionais de Setúbal ou Azeitão da área metropolitana, porque nós temos um país pequeno e a população está concentrada nas duas áreas metropolitanas. Aliás, também fazemos parte da Rota dos Vinhos, presidimos à assembleia-geral, conhecemos os números e própria casa-mãe e toda a estrutura que está montada. Claro que nem tudo é igual e fazer os roteiros, publicar os livrinhos, que dizer, não sei se é a melhor maneira de fazer as coisas ou se terá os resultados desejados. A maneira mais clássica de dizer que se fez uma coisa é pôr lá uns livrinhos e depois se ninguém lá for atrás desse livrinho não serve de nada ou serve pouco. Nós também estamos a intervir ao nível digital, há um projecto digital que é desenvolvido pela Associação de Turismo de Lisboa (ATL) e pela Entidade Regional em conjunto, que já está reformulado e com novas funcionalidades a serem introduzidas, onde procuramos conhecer os interesses das pessoas.

 

Uma das componentes essenciais da Entidade de Turismo de Lisboa é a Associação de Turismo de Lisboa (ATL). Acha que fazia falta uma associação deste género na península de Setúbal, uma vez que a estratégia parece estar muito entregue aos municípios?

Não sinto essa necessidade, porque a ATL é um parceiro. Também entendemos e isso também faz parte da estratégia que na região devemos trabalhar no mesmo sentido, cada um com o seu papel. E julgo que dentro das soluções existentes, parece-me ser a melhor. A ATL tem sobretudo uma missão de promoção nos mercados internacionais e acho que não faz nenhum sentido ir para mercados internacionais fazer promoção fragmentária.

 

A ATL não tem competência territorial para a margem sul?

Tem. Quando falei do programa “Stopover” da TAP, quis dizer que muitas das experiências são feitas e executadas pela ATL. Para esses objectivos não faz sentido, mas até já existem associações, como a Associação da Casa da Baía de Setúbal. Nós fizemos agora um protocolo para acções concretas de promoção e isso é possível fazer. Agora não vejo necessidade de fazer o mesmo que fazem as entidades existentes e acho que os municípios são absolutamente determinantes nesta matéria do turismo. A antiga Costa Azul, que abrangia a península de Setúbal e uma parte do Alentejo litoral, embora tenha acções e zonas como Tróia, não a vejo como uma marca ou unidade. O que apresentamos são as nossas centralidades: a Arrábida que já tem condições para poder ser uma marca no mercado interno e também tem condições para fazer o seu percurso no mercado internacional e depois ainda temos outra, o lado do Tejo que está numa fase mais incipiente de desenvolvimento do que a Arrábida em termos de recursos. O que nos preocupa talvez é que podíamos andar mais depressa se houvesse mais investimento privado e quando nós olhamos para estes investimentos que estão a ser feitos e eu vejo o grupo Vila Galé, por exemplo. Recentemente vi uma entrevista do Jorge Rebelo de Almeida a dizer que tinha uma estratégia para começar a investir em zonas do interior fora de Lisboa, como Porto, Elvas. Mas por que não se faz isso cá, porque em certa medida há similitudes em algumas zonas da região de Lisboa, não em Lisboa, mas principalmente na península de Setúbal? Penso que uma das questões não é a falta de atractividade e recursos, são questões mais profundas, como por exemplo, os fundos comunitários. Sabemos bem que tendo sido a península de Setúbal integrada na NUT de Lisboa tem muito menos apoios do que o resto. Quando alguém faz um investimento em Elvas, pode ter 85% ou o que for, depois, se quiser fazer em Águas de Moura, já não tem.

 

Nos últimos quatro anos/cinco anos, o número de turistas tem vindo a crescer de forma visível. A Casa da Baía de Setúbal, que ao início podia ser uma coisa que as pessoas não entendiam, agora já começa a fazer sentido para o cidadão comum. As pessoas já percebem que faz sentido ter ali uma casa a caminho das praias naquela zona, mas depois parece que não há hotéis…

Também tem havido intenção de investimento e alguma coisa tem avançado. Mas quem tem de fazer os hotéis são os hoteleiros e os investidores privados. Não estou a ver os municípios ou a Entidade Regional a ir fazer hotéis, não faz sentido. E porquê? Não é por falta de atractividade nem de oportunidades, há terrenos, há zonas que anteriormente eram usadas por outras actividades económicas e deixaram de o ser, antigas indústrias, onde o solo é mais barato. Temos falado e até temos um programa regional para sensibilizar para esse investimento, sensibilizando os investidores. Pedimos às câmaras que lhes dessem oportunidades. Aqui quase diariamente vêm cá pessoas que gostavam de fazer isto ou aquilo e o problema que se passa é que ou querem investir dentro de Lisboa, onde há mais rentabilidade.

 

O que acha do investimento macaense ou chinês num casino em Setúbal?

Só me posso pronunciar pelo que li nos jornais, mas acho que há condições para poder haver investimento. Atractividade existe e não só. Dou exemplo do hotel da Costa de Caparica, que é talvez o maior hotel da península de Setúbal e que passou por situações muito difícies, sendo que há pouco tempo foi assumida a gestão por um hoteleiro nacional e foi a unidade que mais facturou nesse grupo. Está a ser um sucesso em renovação, 300 quartos não é nada fácil, mas com muito público, portugueses e espanhóis, principalmente espanhóis.

 

Um das questões que esta hipótese de investimento em Setúbal suscita é a questão da lei do jogo, que também tem uma enorme relação com o turismo. Como vê a actual situação na perspectiva turística relativamente à lei do jogo, uma vez que os macaenses têm a pretensão que a lei seja alterada?

Não conheço esses pormenores e não faço a mínima ideia. O que posso dizer é que conheço mais ou menos a situação em Portugal e qualquer casino no nosso País só é vigiável quando tiver uma ocupação residente com uma certa dimensão. Por isso é que o Casino de Tróia não tem o mesmo sucesso que o de Setúbal, porque Setúbal também não tem assim uma grande massa crítica. Se nós olharmos para os números de há alguns anos atrás, a clientela do casino, cerca de 90% eram portugueses, residentes na própria região e esse é que é o problema. Uma vez estive em Macau, havia uma crise e alguém dizia: vamos resolver o problema, pedindo para abrirem mais uma província o acesso livre ao casino. Eram 380 milhões de habitantes, mais uma a provínvia e assim todos gostavam de jogar. Onde é que estão esses clientes para fazer em Setúbal? É evidente que Setúbal tem mais moradores do que Tróia. No princípio, perguntei ao antigo dono do Casino de Tróia como é que iria viabilizar o negócio e ele disse que estavam à espera que as pessoas viessem da península de Setúbal, mas isso náo é fácil, a deslocação, os custos.

 

Do ponto de vista da dinâmica da actividade turística, não vê uma oportunidade em Portugal para se alterar a lei do jogo?

Não está em cima da mesa a alteração para a parte online, há mais ou menos uma estabilidade e contractos em vigor. Neste momento, o turismo já não tem a mesma dependência do jogo como tinha. Há outras maneiras.

 

Uma das questões do turismo em Portugal é a intensidade turística. Tem dito que não acha que haja turistas a mais em Lisboa. Continua com a mesma opinião?

Continuo, claro que sim. O que acho é que tem de haver e estamos a estudar esse assunto em profundidade para podermos depois falar com propriedade. As pessoas que dizem que há turistas a mais, se calhar vieram passaram um fim-de-semana de turismo numa cidade, só que queriam estar sozinhas. Há uma inevitabilidade mundial, uma evolução que se prende com a democratização do turismo. Enquanto há 50 anos ou há 20, o turismo era apenas para sectores mais privilegiados e com determinadas características, com o passar do tempo, isso foi-se alargando. E quando se democratiza e alarga, há uns que não gostam, gostavam mais se fosse só para eles. Não quero dizer que não haja necessidade de gerir o aumento dos fluxos turísticos. Acho que essa necessidade existe. O que eu não concordei com a proposta do Governo era a chamada desconcentração: aqui em Lisboa há demais, portanto nós vamos tirar daqui para pôr ali e acho que isso não é assim, primeiro porque não se manda nos turistas, não faz sentido, não compete ao Estado estar a fazer isso. Agora, isso é diferente da nossa estratégia na região, nós temos de crescer todos e alguns têm de aproveitar mais esse crescimento e temos feito alguns programas. Quando foram as festas do Montijo, fizemos com a Câmara de Lisboa um programa para tentar que as pessoas que vão aos postos de turismo de Lisboa pudessem saber que existe aquela oferta e ir lá também.

 

Existe uma preocupação crescente da Entidade de Turismo de Lisboa de aproveitar a intensidade turística?

Exactamente. É isso que estamos a fazer. E quando falei do programa “Stopover” da TAP, não nos limitamos a fazer programas ou experiências só na cidade de Lisboa. Há em Lisboa, mas também na Arrábida, Cascais e Sintra. Somos coerentes com as estratégias que temos. Agora, as estratégias não produzem efeitos fantásticos quando nós partimos desta situação. O turismo em Setúbal, se contarmos com várias zonas dentro da região, é muito menor do que em Lisboa, Cascais e Sintra. É uma realidade que já existia e que existe e nós queremos é que haja turistas em todo o lado.

 

“Montijo é a única solução viável para aeroporto”

Fala-se na necessidade de expansãodo nosso serviço aeroportuário, que é um aeroporto com uma unidade apenas em Lisboa. É uma solução ou já começa a constituir um problema do ponto de vista turístico?

Pessoalmente, acho que o aeroporto em Lisboa é uma vantagem competitiva enorme, que não devemos perder. Aquela discussão de levar um aeroporto para uma distância muito grande do destino final seria um erro. Verificámos é que este ano vamos chegar aos 22 milhões de passageiros. A questão que se coloca é: como é que mantendo esta infra-estrutura na Portela se consegue continuar a crescer? O que não concordo é com este tempo de demora em relação à solução, porque a solução que está em cima da mesa, para sermos francos, só é uma. Tirar daqui o aeroporto leva 10 ou 12 anos a fazer, temos que pensar em soluções mais rápidas. Ouvimos a TAP, a ANA (Aeroportos de Portugal) e vai tudo no mesmo sentido, a única solução viável é colocar a Portela com um plano que existe para rentabilizar melhor e ter uma pista complementar no Montijo. É a única solução com um transporte fluvial rápido, confortável e barato. Há low-costs que dizem que não querem ir como é o caso da Easyjet, mas a Ryanair, que é a que tem crescido mais, diz que vai no dia seguinte. Se tivermos aí um aeroporto ou uma pista deste aeroporto, se considerarmos este aeroporto único com uma pista no Montijo, nós estamos não só a dar mais condições ao grande turismo que vem por via low-cost para as cidades, mas a dar também mais desenvolvimento àquela região, porque tendo ali um aeroporto complementar, vai haver um desenvolvimento não só das pessoas que trabalham lá, mas porque as pessoas (consumidores estrangeiros) vão considerar aquilo como o destino Lisboa e vão lá ficar. É preciso que se decida sobre isso, porque ainda demora dois a três anos a implementar.

 

O aeroporto terá muitas vantagens, do ponto de vista turístico,para a região da península de Setúbal. Mas com o que está a ser desenhado sobretudo pelas companhias low-cost, não podemos correr o risco de haver aqui uma separação dos turistas ricos que vêm para a margem norte e os pobres para a margem sul?

A maior parte dos turistas de Lisboa voam em companhias low-cost. A primeira companhia no aeroporto é a TAP com cerca de 46%, sendo que a maior parte desse tráfego não é destino final, é o tal trânsito de pessoas que vão por outros sítios e também passam pelo aeroporto de Lisboa. Depois temos a Ryanair e a Easyjet com os clientes de lazer de Lisboa. A própria TAP, como foi explicado pelo David Neeleman no congresso da HP, vai ter os aviões com ofertas segmentadas. Os turistas não são ricos, há um segmento de luxo, quem vem para compras ou grandes congressos, que nada tem a ver com o voo. Às vezes, o mesmo turista tem três ou quatro perfis diferentes. Um médico, que vai com tudo pago participar num congresso, fica num hotel de cinco estrelas, usa o segmento superior. Mas se vier três meses depois com a família, os três filhos e a mulher já não vai para o mesmo hotel nem para o mesmo voo. O consumidor actual tem o seu perfil, não há essa distinção.

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