UNISETI debate envelhecimento activo e aprendizagem ao longo da vida

UNISETI debate envelhecimento activo e aprendizagem ao longo da vida

UNISETI debate envelhecimento activo e aprendizagem ao longo da vida

No âmbito das eleições legislativas de 6 de Outubro, a Universidade Sénior de Setúbal promoveu um debate que contou com a participação de candidatos  do PSD, CDS-PP e PS à Assembleia da República

 

O Auditório Maestro Rui Serôdio, nas instalações da UNISETI do Parque do Bonfim, recebeu na sexta-feira à tarde um debate sobre a temática do envelhecimento activo, da aprendizagem ao longo da vida e do papel das universidades séniores nesse contexto. Presentes estiveram os candidatos à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Setúbal Fernanda Velez, do Partido Social Democrata, Nuno Magalhães, do CDS-Partido Popular, e Teresa Andrade, do Partido Socialista.

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“A administração da UNISETI, tendo em conta o período que estamos a viver das eleições legislativas de 6 de Outubro, que é um acto cívico em que todos devemos participar, tomou a iniciativa de convidar os diversos partidos políticos com assento na Assembleia da República para se pronunciarem sobre as questões do envelhecimento activo e do papel das universidades séniores”, começou por dizer Arlindo Mota, presidente da Universidade Sénior de Setúbal, no discurso de inauguração do encontro de sexta-feira à tarde. Na mesa, também em representação da instituição setubalense, esteve José Antunes Sanchez.

 

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“Envelhecer é um privilégio”

Teresa Andrade, do PS, psicóloga de formação e coordenadora do curso superior técnico-profissional em Gerontologia na Escola Superior de Saúde Egas Moniz, começou por louvar o trabalho realizado pela UNISETI, instituição “que tanto enriquece Setúbal”.

 

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“Esta é uma área onde temos cada vez mais de investir, não só na formação das pessoas que vão trabalhar connosco à medida que vamos envelhecendo mas sobretudo também na capacitação cada vez maior ao longo da vida das pessoas que vão envelhecer”, refere, considerando que “envelhecer é um privilégio, que felizmente nas nossas sociedades à medida que vão ocorrendo avanços médicos e avanços tecnológicos é dado a cada vez mais pessoas”.

 

Nas palavras da socialista, e segundo informação dada por João Costa, secretário de estado da Educação, “uma das coisas que está a ser feita e que vai ter cada vez mais expansão no nosso universo, seja ligado às universidades seniores, seja ligado aos estabelecimentos públicos de ensino, vai ser as competências intergeracionais”. Para Teresa Andrade, as actividades intergeracionais e a transmissão de conhecimentos e memórias são uma mais valia para todos.

Da mesma opinião é Fernanda Velez, do PSD, professora e membro da mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Almada, que diz que este é “um tema importante para todos nós e a preocupação das sociedades deve passar por proporcionarmos uma boa qualidade de vida aos nossos idosos”.

 

Na Santa Casa da Misericórdia de Almada, Fernanda, que veio até à UNISETI “beber do conhecimento e experiência dos presentes”, é responsável pela valência do Centro Integrado, onde se estabelece interação entre os idosos e as crianças. “A sabedoria que os idosos transmitem às crianças e a agitação que as crianças transmitem aos idosos é um benefício para ambas as partes”, refere, desabafando que “a questão do envelhecimento activo é algo que me preocupa. Os idosos devem manter-se activos, acompanhados das suas famílias, de forma a usufruírem de um envelhecimento com qualidade”.

 

Por sua vez, Nuno Magalhães, do CDS-PP, referiu que o tema em questão passa normalmente despercebido nas campanhas e por isso felicitou a iniciativa da instituição. “Cada vez mais as pessoas vivem mais tempo e é importante que o façam com mais qualidade de vida”, proferiu, adiantando que “tem havido um certo consenso político relativamente a este sector”.

 

Apesar de considerar importante a continuação deste consenso, o candidato do CDS falou ainda sobre o que, na sua opinião, não está bem: “a abordagem tem sido sempre a mesma e os erros cometidos também. Um deles é a forma algo paternalista como se tratam estas questões e a falta de uma estratégia global integrada e multi-sectorial. É necessária a criação de uma estratégia multi-sectorial para o envelhecimento activo”.

 

Também a importância da transmissão de experiências, vivências e competências intergeracional fez parte da intervenção de Nuno Magalhães, que considera que os mais velhos “podem ajudar a formar os que ainda estão em idade laboral. Como dizia a Teresa, há que encarar o envelhecimento como uma oportunidade, como um privilégio, e não como um fardo ou um peso”.

 

Este evento surgiu pelo facto de a Universidade Sénior de Setúbal considerar que “não podia ficar alheia ao seu dever de cidadania”, uma vez que “a participação e o esclarecimento é um direito e um dever cívico num regime democrático como é o nosso”.

 

fotografia de Alex Gaspar

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