24 Julho 2024, Quarta-feira

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UGT diz ser “inaceitável” Governo não ouvir enfermeiros do Centro Hospitalar de Setúbal

UGT diz ser “inaceitável” Governo não ouvir enfermeiros do Centro Hospitalar de Setúbal

UGT diz ser “inaceitável” Governo não ouvir enfermeiros do Centro Hospitalar de Setúbal

Fotografia Alex Gaspar

Central sindical afirma que resposta à carência de profissionais de saúde passa por diálogo com sindicatos

 

A União Geral de Trabalhadores (UGT) de Setúbal considera “inaceitável” o Governo não ouvir os enfermeiros, já que “após a ameaça de conflito” no Centro Hospitalar de Setúbal, com o pedido de demissão de 87 profissionais com cargos de direcção do CHS, “algum caminho está a ser feito com os médicos”.

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Em comunicado, a central sindical diz que, de forma geral, “o diálogo com os enfermeiros parece inexistente”, considerando “inaceitável que, após ano e meio de pandemia, o Governo não se tenha sentado à mesa com o sindicato dos enfermeiros”.

Para a UGT, a resposta ao problema de falta de profissionais de saúde na unidade hospitalar passa pelo “diálogo com os sindicatos do sector”, que “deverão ser os principais interlocutores para toda e qualquer negociação do foro laboral”.

A situação de ruptura ‘rebentou’ no fim do passado mês com a renúncia ao cargo do director clínico Nuno Fachada, que “chamou à atenção para as fragilidades das respostas de saúde pública no Centro Hospitalar de Setúbal”, recorda a UGT.

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Um dos motivos elencados pelo director demissionário, além da falta de condições em diversos serviços, foi a escassez de profissionais de saúde e os “sinais de esgotamento” apresentados pelo corpo clínico, pelo que o Ministério da Saúde autorizou a 7 de Outubro a contratação de médicos para o Hospital de São Bernardo.

Apesar de “o recrutamento de dez novos clínicos” para a unidade hospitalar ser “positiva e um bom início”, considera a UGT que é “manifestamente escassa” e que “não pode ser a solução final”.

Em seguida, alertou para o facto de “as respostas nas diversas áreas da saúde” estarem a ser cumpridas “por conta do trabalho extraordinário” e que “o burnout e o risco potencial do erro humano poderão ocorrer a qualquer momento”.

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Já para cativar os novos profissionais, a central sindical refere que as “carreiras profissionais terão de ser apelativas no SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, uma vez que “abrem-se vagas em todas as especialidades que não são preenchidas”.

“A dificuldade na contratação de profissionais de saúde é uma constante que se tem vindo a agravar há vários anos. A UGT Setúbal acredita nos profissionais de saúde e nos seus representantes e insta o Governo ao diálogo”, acrescenta a mesma nota.

Sobre a abertura do concurso público internacional para a ampliação das instalações do Hospital de São Bernardo, o secretariado da UGT de Setúbal sublinha que é “um passo certo” e que “o novo edifício de urgências poderá melhorar as condições de trabalho e trazer mais dignidade nas respostas aos utentes”.

A acompanhar “com preocupação os problemas no Hospital de São Bernardo”, a central sindical relembra que “sinais de ruptura existem em toda a Península [de Setúbal]”. Como exemplo é dado “o hospital de proximidade a construir no Seixal, reivindicação antiga da população e uma promessa há muito adiada”.

“Nesse sentido, os 28 milhões de euros inscritos no Orçamento do Estado para a construção do novo Hospital do Seixal é uma boa notícia”, sublinha a UGT.

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