O júri já entregou o relatório preliminar às empresas concorrentes e, se não houver contestação, há alterações na península
A Transportes Sul do Tejo (TST) é uma das quatro empresas que vai operar os novos autocarros na Área Metropolitana de Lisboa (AML). O júri responsável pelo concurso já enviou o relatório provisório aos concorrentes, que agora têm dez dias para se pronunciarem sobre a classificação que lhes foi atribuída.
A par da TST, controlada pela Arriva, que vai operar em Almada, Seixal e Sesimbra, as empresas alinhadas para a concessão da Carris Metropolitana são a Rodoviária de Lisboa, Scotturb e Nex. Esta última vai ficar com a operação de transportes em Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal.
A informação avançada, ontem, pelo Jornal de Negócios, foi confirmada a O SETUBALENSE por fonte oficial da AML, que confirma o envio do relatório preliminar aos concorrentes, mas nada mais avança até estar esgotado o prazo para estes solicitarem esclarecimentos ou mesmo contestação.
Com o concurso dividido em quatro lotes para os 18 concelhos da AML, à margem sul cabem os lotes 3 e 4, sendo que o lote 3 corresponde aos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, representando 18% da procura.
O lote 3 trata-se de uma zona que vale cerca de 273 milhões de euros, para a qual a operadora britânica Arriva propôs um preço de 254 milhões, ou seja, menos 7%. A TST, que já funcionava neste território da península, vai responder por 116 linhas, sendo 43 delas novas.
O lote 4, o mais pequeno do concurso, envolve os concelhos de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, e deverá ficar com a nova operadora de transportes; a Nex Continental Holdings, detida pela National Express, que apresentou a melhor proposta.
Esta zona vale cerca de 197 milhões de euros, corresponde a 14% da procura e inclui 111 linhas, sendo 21 novas O contrato proposto pela Nex é de 180,7 milhões de euros, menos 8,3%, e implica o maior desconto do concurso.
Neste concurso não foram concessionados os serviços municipais de transportes de autocarros para serviço público, caso do Barreiro onde opera a TCB – Transportes Colectivos do Barreiro. O mesmo acontece com Cascais e Lisboa que têm prestação por empresas próprias.
As regras do concurso obrigam que, a partir do final de 2021, os autocarros na AML serão amarelos e com a marca Carris Metropolitana. Impõe ainda que no início do contrato nenhum autocarro poderá ter mais de 16 anos sendo a média exigida de oito anos. A partir do quinto ano, nenhum autocarro poderá ter mais de 12 anos, com idade média de oito anos. O contrato é válido por sete anos.