Trabalhadores da Lauak avançam com greve parcial no dia 1 de Julho

Trabalhadores da Lauak avançam com greve parcial no dia 1 de Julho

Trabalhadores da Lauak avançam com greve parcial no dia 1 de Julho

Entre outras reivindicações, exigem 90 euros de aumento e um salário mínimo não inferior a 800 euros

 

Cerca de uma centena de trabalhadores da Lauak que reivindicam aumentos salariais de 90 euros vão avançar com quatro horas de greve em cada um dos dois turnos de trabalho no próximo dia 1 de Julho.

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A decisão foi tomada na passada sexta-feira e em causa está uma alegada recusa da multinacional da indústria aeronáutica, que opera em Setúbal e Grândola, em dar resposta ao caderno reivindicativo dos funcionários.

“Já houve uma série de reuniões, em Fevereiro e Março, com o Ministério do Trabalho, por iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores e Aviação (SITAVA) e do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITESUL), mas a administração da empresa desperdiçou essa oportunidade de negociação e de vir ao encontro do caderno reivindicativo para 2022”, disse Pedro Soares, trabalhador na empresa e delegado sindical. As declarações foram feitas à agência Lusa, durante uma reunião plenária realizada na manhã de sexta-feira junto à empresa.

Pedro Soares adiantou que “vai ser dada à empresa mais uma oportunidade de mediação no Ministério do Trabalho”, com a expectativa de que “a administração venha agora ao encontro das exigências e reivindicações” dos trabalhadores. Mas, ao mesmo tempo, lembrou que “na última ronda de negociações a administração da Lauak nem sequer compareceu”. A empresa fez-se então “apenas representar pelo advogado”.

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De acordo com o sindicalista, entre outras reivindicações, os trabalhadores da Lauak exigem um aumento salarial de 90 euros e um salário mínimo consentâneo com as qualificações adquiridas. E explicou: “Temos trabalhadores qualificados, certificados, que estudaram, que foram formados na empresa. O salário mínimo nesta empresa não pode ser inferior a 800 euros”.

De acordo com a União de Sindicatos de Setúbal, além de apoios financeiros para a formação profissional dos seus trabalhadores, a Lauak recebeu também cerca de oito milhões de euros para a construção das novas instalações em Grândola, no âmbito de uma candidatura a um programa do quadro comunitário de apoio Portugal 2020.

A Lauak é uma filial da multinacional francesa da indústria aeronáutica com o mesmo nome, fornecedora da Airbus, Embraer e outras empresas do sector, que emprega cerca de 550 trabalhadores, 400 dos quais em Setúbal e 150 em Grândola.  Com Lusa

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