20 Maio 2024, Segunda-feira

- PUB -
Toy: “O meu concerto vai ser 70% alinhamento e 30% loucura e nem eu sei o que vai acontecer”

Toy: “O meu concerto vai ser 70% alinhamento e 30% loucura e nem eu sei o que vai acontecer”

Toy: “O meu concerto vai ser 70% alinhamento e 30% loucura e nem eu sei o que vai acontecer”

Icónico artista partilhou com O SETUBALENSE o porquê de ter apadrinhado a 32.ª edição da competição Rampa Pêquêpê Arrábida

 

Organizada pelo Clube de Motorismo de Setúbal (CMS), a competição Rampa Pêquêpê Arrábida traz à cidade de Setúbal um espaço de divertimento durante o fim-de-semana de 21 a 23 de Abril. Além das provas motorizadas no asfalto da Serra da Arrábida, também se pode visitar o evento. Toy, o padrinho do evento, convida todos os cidadãos a irem ao Fanzone Festival e demonstra uma grande expectativa para esta 32.ª edição.

Porque é que decidiu ser padrinho da Rampa Pêquêpê Arrábida?

O convite foi feito pelo presidente do Clube de Motorismo de Setúbal, Fernando Matias, porque sou uma figura de Setúbal e porque nasci aqui. Quem me conhece sabe que eu não o escondo e faço até questão de dizer sempre. Devemos defender os nossos valores, amigos, região, país e as nossas coisas, principalmente aquilo que é positivo e o que dá à nossa sociedade um pouco mais de optimismo. Quando o Fernando me convidou, explicou-me que tinha uma ligação à Arrábida, que eu também tenho e acho que todos os setubalenses têm. Desde a minha praia de infância que faço o caminho pela Albarquel e ia sair ao pé de Sesimbra e Azeitão. Além disso, gosto muito do desporto motorizado. Tenho sempre muito pouco tempo, mas como não há uma necessidade muito forte de estar presente, a não ser durante aquele fim-de-semana, onde irei dar um concerto, também pude juntar o útil ao agradável. Assim, além de ser padrinho, também dou trabalho aos meus músicos porque não podia “abandonar” a minha equipa para fazer parte de qualquer projecto. Aqui, estamos juntos e fico muito feliz que isso tenha acontecido. Foi muito fácil aceitar o convite.

Assim sendo, gosta de carros?

Sim, mas já fui mais louco por condução, já tive carros quase desportivos e com velocidades fortes, sempre gostei, mas isso são coisas que com o tempo mudam. Hoje prefiro mais o conforto. Antigamente dizia que os carros automáticos eram uma porcaria, só queria veículos com mudanças, agora acho muita piada aos carros automáticos porque poupa muito os meus tornozelos, mas continuo a gostar muito de carros, com certeza, e continuo a gostar muito do desporto motorizado.

Já experimentou algum dos carros que vai competir nesta edição da Rampa Pêquêpê Arrábida ou, em anos anteriores, algum carro de rally clássico?

Não, carros de rally clássico nunca experimentei nenhum, sendo que eu tive um carro que quase poderia ser de rally clássico, mas nunca conduzi carros com aqueles números e aquelas preparações todas “xpto”. Não tenho muito conhecimento, mas para conduzir é preciso talento e eu acho que tenho algum.

Vai subir a palco no dia 22 de Abril, no Fanzone. O que é que as pessoas vão poder ouvir e o que está planeado?

Se calhar vamos ter um novo tema chamado “Rampa da Arrábida”, não sei… é capaz! Eu gosto muito de inventar. As pessoas vão ouvir a panóplia de cantigas da minha vida, claro, com a minha banda ao vivo. Eu costumo dizer que o meu concerto é 70% alinhamento e 30% de loucura, portanto 70% são estas canções que as pessoas conhecem e os outros 30% nem eu próprio sei o que é que vai acontecer. Quero dizer que o Fanzone Festival é uma zona gratuita. Depois de passearem e comerem algo, se quiserem, podem assistir aos espectáculos e aí sim haverá um custo de 10 euros por bilhete, ou de 15 euros para passe de dois dias (sexta-feira e sábado, domingo é gratuito). É preciso vincar que não se paga para visitar o festival, só depois para o concerto é que tem de se comprar o bilhete.

Não se pode vir a Setúbal sem cantar a música Manuel Maria…

Sim, Manuel Maria Barbosa du Bocage, que é uma das grandes referências desta cidade e que tem uma autobiografia que eu gosto muito. Um poeta que atravessa o século XVIII para o XIX, teve uma curta vida, viveu 30 e poucos anos, mas é uma referência que eu gosto de vincar até porque tem uma ligação forte com a cidade. Quando dou concertos em Setúbal, gosto sempre de a cantar.

Não podemos falar de si sem falar de António Ferrão… o seu nome. Como é que se construiu a sua carreira? Quem é o Toy?

Somos fruto daquilo que é um ambiente familiar. Eu recordo o meu pai, que foi toda a vida um músico amador. Quando se estabeleceu em Setúbal, como alfaiate, nunca deixou a música e eu já tocava bandolim, violino…. Acompanhei o meu pai quando ele ia para os bailes e o meu primeiro instrumento foi bateria. Comecei a tocar bateria com cinco anos e comecei a cantar pela primeira vez. Aos 12 anos, sou convidado a integrar a Sociedade Musical Capricho Setubalense e fiz teatro revista até aos 15. Fui para a Alemanha com 17 anos e há muitas coisas que aconteceram na música, que sempre foi a minha paixão. Não tive pais que me pudessem sustentar esse sonho, tive de trabalhar para os sustentar e talvez por isso a minha carreira tenha começado um bocadinho mais tarde, porque, objectivamente, comecei a viver da música aos 25 anos.

Quais vão ser os próximos concertos?

Até ao final do ano, tenho cerca de 82 concertos marcados. O Toy dá quase a volta ao mundo, mas volta sempre a casa… Sempre. Às vezes vou cantar, por exemplo, a Mirandela e venho dormir a casa. Tenho de sentir a família, a casa, a terra… somos aquilo que nos rodeia.

E novos projectos?

Tenho dentro da cabeça duas coisas muito interessantes, que vão surgir e ser gravadas assim que possível. Vou ter de arranjar um dia para ir ao estúdio e começar a debitar as minhas ideias para dentro do computador, para depois dividir pelos músicos e para começarem a fazer cada um a sua gravação e interpretação daquilo que eu vou construir.

Rampa da Arrábida Fernando Matias lança desafio a Toy em directo

Fernando Matias, presidente do Clube de Motorismo de Setúbal, lançou um desafio ao artista Toy, em directo, durante a entrevista. “Venho deixar aqui o desafio ao Toy de fazer uma subida ao lado de um piloto profissional, com os cintos bem apertados e com o capacete. É este ano que o Toy vai perceber o que é subir a rampa com adrenalina pura e, portanto, acredito que o Toy não vai dizer que não”.

A resposta não desiludiu. “Eu estou pronto para tudo, quem anda em cuecas na rua no Taskmaster (programa onde o cantor participa) faz qualquer coisa. Com certeza que vou. Tenho muita curiosidade, inclusivamente antes de ir ainda quero dar uma voltinha para experimentar o volante”, diz Toy, aceitando o desafio.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -