Surto de tuberculose afecta cadeia de Setúbal há três meses

Surto de tuberculose afecta cadeia de Setúbal há três meses

Surto de tuberculose afecta cadeia de Setúbal há três meses

Os Serviços Prisionais Centrais indicam apenas um caso de tuberculose confirmado desde Setembro, entre os guardas do Estabelecimento Prisional Regional de Setúbal. Por outro lado, o Sindicato Nacional da Guarda Prisional avança com 25 casos confirmados

Os guardas prisionais do Estabelecimento Prisional Regional de Setúbal estão a enfrentar um surto de tuberculose há cerca de 3 meses. Os Serviços Prisionais não confirmam se o foco da doença já foi identificado, embora até ao momento tenham sido contabilizados, segundo o Sindicato Nacional da Guarda Prisional, 25 casos neste estabelecimento: 20 em guardas e 5 em funcionários.

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Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, confirmou ao jornal Correio da Manhã que, “um guarda está de baixa, por perigo de contágio, e os outros estão a trabalhar, mas medicados e com acompanhamento médico”.

Ao que tudo indica, a doença surgiu no Estabelecimento Prisional de Setúbal após o diagnóstico positivo de um guarda no regresso das férias. Contexto em que, posteriormente, o Centro Pneumológico de Setúbal rastreou os 92 trabalhadores da prisão, mas até ao momento não comunicou qualquer caso positivo.

Quanto aos Serviços Prisionais estes também negam os 25 casos e até ao momento apenas admitem um caso, enquanto aguardam os resultados de testes realizados a 14 funcionários da cadeia de Setúbal.

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O Sindicato Nacional da Guarda Prisional contudo, rebate esta informação, com o presidente Jorge Alves, a garantir que são conhecidos 25 casos positivos na cadeia de Setúbal.

A par da tuberculose, o Estabelecimento Prisional Regional de Setúbal também tem vindo a enfrentar surtos de sarna.

Greve por condições dignas de trabalho

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A greve nacional dos guardas prisionais começou domingo e prolonga-se até amanhã (terça-feira). Apesar dos surtos de tuberculose e de sarna registados no Estabelecimento Prisional Regional de Setúbal, este registou uma baixa adesão à greve, com apenas 40% dos guardas prisionais a exercerem o seu direito.

A nova greve foi marcada em protesto contra o novo horário de trabalho e o atraso no descongelamento dos escalões, entre outras reivindicações.

Em declarações à Lusa, o presidente do sindicato, Jorge Alves, garantiu que apesar da greve abranger as 24h00 diárias em cada Estabelecimento Prisional, “durante este protesto os guardas prisionais comprometeram-se a assegurar as diligências relacionadas com a deslocação de reclusos aos hospitais e aos tribunais, quando isso for necessário”.

No que diz respeito às necessidades básicas dos reclusos também estão asseguradas, com os guardas prisionais a comprometerem-se no cumprimento dos horários de alimentação e medicação.

A partir desta greve, os guardas prisionais contestam não só o horário de trabalho e a demora no descongelamento dos escalões, como o pagamento do suplemento de turno e a criação de categorias apropriadas, para guarda-coordenador e chefe-coordenador.

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