Empresa cria plataforma de gestão inteligente da água e do saneamento para monitorizar redes em tempo real e gerir ocorrências diárias
Os Serviços Municipalizados de Setúbal (SMS) criaram uma plataforma de gestão inteligente da água e do saneamento, desenvolvida totalmente com recursos e conhecimento interno, que permite monitorizar as redes em tempo real, gerir as ocorrências diárias, planear os investimentos e otimizar a gestão hídrica.
Em nota de Imprensa, a empresa explica que os dados processados nesta plataforma chegam diariamente de forma automática, oriundos de sistemas de informação usados por serviços internos dos SMS (gestão de contratos, cobranças, gestão de consumos), equipas no terreno (canalizadores, piquetes, fiscalização), sistemas de medição e sensorização existentes nos equipamentos das redes, entre outros.
Carlos Rabaçal, presidente do Conselho de Administração dos SMS, explica que esta ferramenta surgiu “espontaneamente do trabalho diário” dos trabalhadores, do departamento de engenharia, sendo que agrega informação de vários outros departamentos e serviços dos SMS.
No entender do responsável, isto mostra “não só o conhecimento dos trabalhadores”, como também a “capacidade de inovar” e o “empenho” na procura das “melhores soluções tecnológicas, económicas e ambientais” para a população de Setúbal. Para o também vereador na Câmara Municipal de Setúbal, isto é “serviço público de excelência”.
De acordo com a empresa, esta ferramenta processa um “grande volume” de dados, permitindo dessa forma uma análise em tempo real, detalhada e precisa não só da rede e dos equipamentos, mas também dos comportamentos dos munícipes, constituindo-se como “uma importante ferramenta” de apoio à decisão nos SMS.
“A estratégia de uma organização tem de estar sustentada em informação e conhecimento, e esta ferramenta tem sido muito importante para a definição do serviço de água e saneamento que queremos para o futuro”, refere ainda o responsável.
Segundo a empresa, esta plataforma permite “priorizar a reparação de roturas, detectar padrões de consumo, estabelecer acções de promoção do uso eficiente da água ou medidas de deteção de fugas e desenhar um mapa de investimentos plurianual numa lógica de eficiência e sustentabilidade com vista à preservação dos recursos hídricos”. Em implementação estão já algumas medidas para reduzir estes caudais, que têm grande impacto ao nível financeiro.