Autarquia pretende reduzir pressão rodoviária citadina e contribuir para um território “mais sustentável e com mais qualidade”
A Câmara Municipal de Setúbal vai investir perto de um milhão de euros na beneficiação do espaço público, com requalificações ao longo de mais de cinco quilómetros, onde se incluem oito avenidas e cinco ruas, com o objectivo de “reduzir a pressão rodoviária citadina” e contribuir para um território “mais sustentável e com mais qualidade”.
Nesta reabilitação, numa vasta área da cidade, está incluída a criação de percursos pedonais “mais condignos”, a requalificação de passadeiras, a eliminação de barreiras arquitectónicas e a criação de lugares reservados a veículos de mobilidade condicionada.
A área urbana desenvolvida a partir do centro histórico, para nascente e poente, ascende, nestes eixos, “em vias de acentuada inclinação para uma circulação pedonal confortável”, com o município a dar agora prioridade à zona norte, predominantemente habitacional.
A edilidade sadina explica, em nota de Imprensa, que são abrangidas nesta operação de 964 mil e 536,16 euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), as avenidas António Rodrigues Manito, de Angola, Dr. António Manuel Gamito, República da Guiné-Bissau, Manuel Maria de Portela, Alexandre Herculano, Mariano de Carvalho e 5 de Outubro, as ruas Major Magalhães Mexia, da Escola Técnica, Joaquim Brandão e Almeida Garrett e a Travessa do Correios.
Esta operação já começou tendo os trabalhos sido iniciados esta semana, na Avenida António Rodrigues Manito.
Segundo a autarquia, vão ser feitas um conjunto de acções qualificadoras do território com o objectivo de “modernizá-lo e adaptá-lo a novos desafios e exigências de mobilidade urbana”, destacando a criação de percursos pedonais “mais condignos, amplos e universalmente acessíveis, com uma largura útil mínima de 1,5 metros”.
Os trabalhos integram ainda a requalificação de passadeiras, com implantação de pavimento táctil e rebaixamento nas zonas de transição entre a rodovia e o passeio, assim como eliminação de barreiras arquitectónicas, com vista a promover a acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada.
Nesta operação urbana fica também assegurada a “optimização e organização” das zonas de estacionamento ao longo das vias, em que se inclui a criação de lugares reservados a veículos em que um dos ocupantes tenha mobilidade condicionada.
Com um prazo de execução previsto de 150 dias, esta requalificação resulta de uma candidatura do município ao Programa de Intervenção nas Vias Públicas “Acessibilidades 360 Vias Públicas” para qualificar e melhorar as condições de mobilidade dos cidadãos numa extensão de cerca de 5650 metros lineares.
O município clarifica que os eixos foram escolhidos com base no seu “carácter estratégico” de “continuidade e ampliação das acções desenvolvidas” no território no âmbito do Programa Local de Promoção da Acessibilidade RAMPA, com candidatura aprovada pelo Programa Operacional Potencial Humano, do Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013.