Empresa diz que situação aconteceu devido aos colaboradores a laborarem agora em casa utilizarem habitualmente o refeitório da fábrica
A Secil anunciou ontem que vai pagar os subsídios de refeição em atraso a trabalhadores da fábrica situada no Outão em regime de teletrabalho, na sequência de uma denúncia pública da União de Sindicatos de Setúbal (USS).
Em comunicado, a estrutura sindical afecta à CGTP acusa a Secil de não pagar os referidos subsídios aos trabalhadores da cimenteira que se encontram a laborar a partir de casa, salientando que a empresa já tinha sido alertada para a situação e que “os trabalhadores que estão em regime de teletrabalho têm exactamente os mesmos direitos que os trabalhadores que estão a prestar trabalho em regime presencial”.
Confrontada com as acusações da USS, a Secil admite que existiu “alguma incerteza no enquadramento dos benefícios sociais atribuídos a um grupo limitado de colaboradores”, nomeadamente “em situação de teletrabalho total, parcial ou alternado, uma vez que estes colaboradores não beneficiam de subsídio de refeição porque utilizam habitualmente o refeitório da fábrica de forma gratuita, tal como previsto no Acordo de Empresa”.
Contactada pelo O SETUBALENSE, a administração da Secil informou que, após “aclarado o enquadramento jurídico e a situação funcional daquele grupo de colaboradores em relação à sua situação de teletrabalho, trabalho misto ou trabalho presencial alternado, foi já determinado pela empresa processar os subsídios de refeição relativos ao ano 2020”.
Por sua vez, de futuro a empresa vai “passar a processar os subsídios de refeição correspondente aos dias de teletrabalho enquanto não for restabelecido o regime de trabalho presencial normal, com o respectivo acesso gratuito ao refeitório da fábrica”.
Com GR // VAM // Lusa