Pedro Nuno Santos garante que o encontro servirá para fazer o debate de dentro para fora. Em cima da mesa estão dois possíveis nomes
A reunião da Comissão Nacional do PS marcada para este sábado (8 de Fevereiro), em Setúbal, já não será para decidir quem é o candidato presidencial que os socialistas vão apoiar. Apoiados ou não, a hipótese mais provável será a de haver dois candidatos a Presidente da República.
A informação foi avançada esta terça-feira pelo jornal Público, que cita o secretário-geral do partido rosa, Pedro Nuno Santos, que refere que esta reunião ordinária só vai servir para discutir as eleições, porque “é muito importante que o tema seja tratado internamente” e que “é melhor fazer o debate dentro do que DR fora”. As declarações são contrárias ao que tinha afirmado o presidente do PS, Carlos César, que colocou a hipótese de que a discussão servisse para escolher o apoio do partido a um dos candidatos.
O cenário mais provável é de que, até sábado, não existam nomes escolhidos. “O secretário-geral encerrou o assunto. A comissão nacional do PS não poderá fabricar um candidato. Não vai tomar nenhuma decisão sobre um candidato presidencial”, garante Francisco Assis, deputado à Assembleia da República e apoiante de António José Seguro.
Além do nome do antigo secretário-geral dos socialistas está também a ser equacionada a candidatura de António Vitorino que, segundo o Público, ainda não tomou a decisão de apresentar-se ou não ao sufrágio. Já sobre António José Seguro, o jornal afirma que o ex-ministro da República Portuguesa vai avançar – independentemente de Vitorino se candidatar ou não – mas ainda não assumiu publicamente que é candidato.
Tal como O SETUBALENSE tinha noticiado na semana passada a reunião deste sábado vai começar pelas 11h30 e tem lugar na Quinta dos Moinhos de São Filipe, em Setúbal, e conta como ponto único na ordem de trabalhos as “eleições presidenciais”.
A marcação desta decorreu após sete membros da Comissão Nacional do PS pedirem ao secretário-geral e ao presidente do partido que na próxima reunião deste órgão fosse discutida a realização de um referendo interno para escolher o candidato presidencial que os socialistas vão apoiar. Na moção de estratégia, subscrita pelos sete militantes, evoca-se a necessidade de o partido apoiar um candidato nas próximas eleições presidenciais, que se realizam em 2026.
Numa entrevista dada na semana passada, no programa Crossfire, da CNN, Carlos César foi questionado sobre as eleições presidenciais do próximo ano e o candidato que o PS deverá apoiar nesse acto eleitoral. “Não me posso manifestar sobre essa matéria porque esta segunda-feira mesmo convoquei a Comissão Nacional do PS para o próximo dia 8 onde será tomada uma decisão porque a Comissão Nacional é o órgão máximo entre congressos e é a ela que cabe tomar essa decisão”, defendeu.
