Empresa contribuiu para a redução de incêndios e para a preservação do ambiente com limpeza das florestas
Um investimento de 8 milhões de euros numa segunda linha de secagem de pellets – uma energia alternativa aos combustíveis fosseis – permitiu à Reginacork, empresa de transformação de cortiça e madeiras, aumentar a produção na sua unidade em Pinhal Novo e assegurar o crescimento esconómico mesmo em tempo de pandemia.
“Os resultados obtidos pela nova linha de secagem para os pellets, com mais um refinador, não podiam ser melhores”, disse a O SETUBALENSE Carlos Garcia Ascenso, administrador da empresa, fazendo o balanço dos primeiros seis meses após o investimento.
“Hoje temos capacidade para recolher cerca de 250 toneladas por dia de resíduos e biomassas residuais florestais mantendo sempre os critérios de certificação ambiental internacionais em vigor”.
Este trabalho tem também, acrescenta, “a virtude, e a mais-valia, de ajudar na prevenção de incêndios florestais dado que a maior parte desta matéria é combustível incendiário”.
Esta maior capacidade de intervenção no terreno, por parte da Reginacork, faz com que, realça o empresário, “a produção em fábrica de pellets seja maior e que os números de exportação sejam hoje o dobro se comparados com o passado recente”.
Carlos Garcia Ascenso refere a importância do sucesso deste investimento para a consolidação de centenas de postos de trabalhos directos e indirectos “numa fase tão difícil devido à pandemia”.
Factor ambiental preservado apesar do aumento da actividade nas florestas
Apesar de uma maior actividade no terreno e na fábrica, o administrador da Reginacork sublinha que a parte ambiental não foi descurada. “Fazemos continuamente testes de ruído de qualidade do ar sempre com a preocupação de melhorar e corrigir qualquer situação que surja a fim de cumprir todos os padrões legais exigidos”.
A única emissão difusa para o exterior da fábrica, explica, “é através das chaminés de secadores de onde sai aquele fumo branco que é, como se percebe, perfeitamente inócuo para o ambiente”. “Trata-se apenas, nada mais nada menos do que a condensação das humidades das matérias-primas estão plenamente dentro dos parâmetros legais”.
Por estas razões Carlos Garcia Ascenso, deixa uma mensagem de confiança à “vizinhança mais próxima” afirmando que “não há motivos para preocupações, que se têm provado infundadas, de qualquer influência negativa da nossa actividade no ambiente”.
A fábrica da Reginacork, empresa de transformação de cortiça, localizada às portas de Pinhal Novo, produz diferentes tipos de granulado. O produto é 100% natural, obtido através da moagem dos desperdícios de cortiça, e é uma das principais produtoras de pellets.
Iniciou o seu percurso em 1998 com a produção de granulados de cortiça. Em 2016 deu-se a abertura ao mercado dos pellets. É uma exportadora por excelência tendo como destinos preferenciais os países nórdicos e o centro/norte da Europa.
O crescimento tem sido constante, sustentado e coerente com a evolução do mercado. O factor fundamental tem sido o investimento constante em equipamento e infraestruturas ao longo dos anos.