Refinaria de lítio em Setúbal com garantia que vai avançar

Refinaria de lítio em Setúbal com garantia que vai avançar

Refinaria de lítio em Setúbal com garantia que vai avançar

Northvolt negoceia resgate financeiro de 280 M€ para aguentar empresa no curto prazo. Galp assegura que projecto continua a ser executado

A futura refinaria de lítio em Setúbal vai mesmo avançar, apesar de uma das empresas do consórcio investidor ter feito um pedido de resgate financeiro de 280 milhões de euros para aguentar a empresa a curto prazo. A garantia de execução foi dada pelo administrador da Galp, que rejeitou fazer comentários sobre a situação da Northvolt.

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“Estamos a desenvolver o projecto”, afirmou Georgios Papadimitriou. Em declarações ao Jornal Económico, o administrador da petrolífera assegura que “o projecto avança e vai continuar a avançar”.

Esta unidade industrial de conversão de lítio está a ser desenvolvida pelo consórcio Aurora Lithium, da Galp (70%) e dos suecos da Northvolt (30%). Os comentários foram feitos após o governo sueco se ter recusado a avançar com um resgate financeiro para ajudar a gigante de baterias eléctricas, Northvolt, que está com dificuldades económicas e a lutar pela sobrevivência e tentar desesperadamente angariar capital enquanto se concentra na sua primeira gigafábrica. Serão despedidas pessoas e uma parte de uma das suas fábricas será encerrada.

Foi aprovado a 16 de Outubro, pela Câmara Municipal de Setúbal, um parecer favorável condicionado ao projecto de instalação da nova refinaria de lítio, no âmbito do estudo de impacte ambiental em processo de consulta pública. No documento aprovado em reunião de câmara, é indicado que em resultado da análise efectuada, considera-se que o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) em apreço “encontra-se bem estruturado” e com um conteúdo “que dá resposta a grande parte das necessidades de mitigação dos principais impactes identificados”.

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O parecer favorável condicionado da autarquia foi emitido mediante o “cumprimento integral das medidas de mitigação constantes” no EIA e de outras complementares, com destaque para “a execução de um conjunto de beneficiações a nível rodoviário”. A autarquia propõe também que o promotor, a Aurora Lithium, realize um estudo “que incida sobre os modos de transporte de matéria-prima e produto final/subprodutos, alternativos ao transporte realizado por veículos pesados, nomeadamente com recurso a ferrovia ou, entre outros, pipelines”.

A refinaria está atrasada dois anos, sendo que desta forma, o projecto Aurora só deverá entrar em operação em 2028. 

A unidade industrial vai ficar localizada no Parque Industrial da Mitrena e implica um investimento de um valor entre os 1.100 e os 1.300 milhões de euros e a criação de 200 postos de trabalho directos e 3 mil indirectos. Ao abrigo do acordo, a Northvolt fica obrigada a comprar 50% da produção anual desta refinaria.

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O projecto Aurora vai ter capacidade para produzir o hidróxido de lítio suficiente para equipar 700 mil veículos eléctricos, numa capacidade de produção inicial entre 28 mil a 35 mil toneladas de hidróxido de lítio, material essencial para produzir baterias de ião-lítio. Inicialmente, o consórcio luso-sueco tinha ideias de arrancar com a operação até ao final de 2025.

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