Fernando José questionou ministro das Infraestruturas sobre rocha com risco de queda na Arrábida. Miguel Pinto Luz deixou deputado sem respostas
O deputado do Partido Socialista, Fernando José, questionou o ministro das Infraestruturas e Habitação sobre os “aumentos exagerados” na travessia fluvial para Tróia, e se este Orçamento do Estado responde afirmativamente à resolução do “problema que se arrasta no tempo” no corte do troço Figueirinha – Galapos. O governante Miguel Pinto Luz não respondeu às questões do deputado setubalense, pelo que o eleito garantiu que irá fazer avançar com pergunta parlamentar nos termos regimentais.
Na Assembleia da República Fernando José começou a sua intervenção por referir que “historicamente, os setubalenses têm uma ligação forte a Tróia”, de raízes populares e religiosas que se “perdem no tempo”, mas que tem vindo a ser “dificultada” pelos sucessivos aumentos dos preços dos bilhetes da travessia fluvial concessionada. “Aumentos exagerados, incompreensíveis e incomportáveis para a maioria da população. Gente de Setúbal e gentes do litoral alentejano que têm na travessia fluvial de Tróia para Setúbal e de Setúbal para Tróia um meio de mobilidade mais próximo e célere, mas cada vez menos acessível pelo incomportável preço dos bilhetes”.
O deputado sadino, reconhecendo a “desigualdade” no direito de acesso aos transportes públicos na Península de Setúbal, uma vez que o passe Navegante garante “plena acessibilidade” a qualquer transporte público, mas “exclui” a deslocação de Setúbal para Tróia, recordou que o anterior governo do PS iniciou processo para “corrigir esta injustiça”.
Nesse sentido, Fernando José questionou o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, se este Orçamento do Estado responde “finalmente às justas reivindicações das populações”.
O também vereador sadino questionou o governante sobre o corte do troço da Serra da Arrábida, que faz a ligação entre as praias da Figueirinha e de Galapos e que está encerrado ao trânsito desde Fevereiro de 2023, devido ao “risco de queda de uma rocha de grandes dimensões”.
Dessa forma, o deputado setubalense questionou o governante este orçamento se o Governo, em articulação com a autarquia, vão responder afirmativamente, em 2025 e antes da próxima época balnear, à resolução deste problema que “se arrasta no tempo”.
Ambas as questões do deputado ficaram sem resposta por parte do Governo, pelo que Fernando José assegurou que irá fazer avançar com pergunta parlamentar nos termos regimentais.
