PS critica falta de promoção às marchas e questiona fiscalização de obras na via pública

PS critica falta de promoção às marchas e questiona fiscalização de obras na via pública

PS critica falta de promoção às marchas e questiona fiscalização de obras na via pública

Vereador Pedro Pina diz que outdoors já estão colocados e que as marchas nunca tiveram falta de público. André Martins explica obras

A “desvalorização das Marchas Populares de Setúbal”, a “degradação do ringue junto ao Núcleo de Bicross”, a “fiscalização de obras nas vias públicas” e a “pintura de passadeiras” foram alguns dos reparos feitos por Fernando José, vereador do PS, ao executivo da CDU, na reunião de câmara da passada quarta-feira.

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Dois dias depois, a vereação socialista reforçou, em nota de Imprensa, as críticas à gestão CDU, a começar pela “ausência de divulgação do certame das Marchas Populares”.

“Ao longo do mandato, os vereadores do PS têm sido críticos da cultura da desvalorização das Marchas Populares de Setúbal, perpetuada por sucessivos executivos CDU. Em 2025, verifica-se que, a poucos dias da apresentação das marchas na Avenida Luísa Todi, a divulgação do evento é inexistente”, lê-se na nota divulgada pelos socialistas.

A posição da vereação do PS foi, porém, contrariada logo na reunião de quarta-feira por Pedro Pina, vereador da CDU. “Já estão colocados na cidade outdoors de divulgação. Obviamente que se acentuará nos próximos dias a divulgação. As Marchas Populares de Setúbal nunca tiveram falta de público, quer na avenida, quer nos diferentes espaços onde aconteceram”, defendeu o autarca da CDU.

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Os socialistas consideram, no entanto, que existe “falta de investimento na publicitação do certame”, bem como “ausência de condições dos equipamentos municipais utilizados por algumas das entidades participantes”.

Criticada foi também a falta de condições do ringue junto ao Núcleo de Bicross, na freguesia de São Sebastião. Os socialistas dizem ter constatado, durante uma visita ao espaço, que “as crianças e jovens que o utilizam para praticar desporto recorreram a um balde de tinta com o fundo cortado para poderem jogar basquetebol, dada a inexistência de tabelas”. Para os vereadores do PS, “o profundo estado de degradação do espaço público e equipamentos municipais nunca deveria ter-se tornado uma realidade no concelho”.

Questionada também pelos socialistas foi a obra em curso na Avenida Luísa Todi. Os autarcas do PS quiseram saber se a intervenção está a ser “acompanhada e fiscalizada” pela autarquia, tendo em conta que a empreitada executada na Rua da Camarinha “foi concluída pelos serviços municipais e não pela empresa contratualizada” para o efeito.

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“É fundamental garantir o cumprimento dos prazos estabelecidos para a concretização das obras na via pública, bem como assegurar a qualidade das intervenções”, sublinham. Ao mesmo tempo, consideram que “a reposição das pedras da calçada na Avenida Dr. António Rodrigues Manito não foi realizada de forma correcta, o que está a resultar na acumulação de água em algumas zonas da via”. E criticam a “falta de visibilidade das passadeiras”, assim como “a deposição de brita e pó de pedra na Rua da Salmoura, em Azeitão, que está a ter consequências negativas para saúde das árvores” ali existentes.

“Não sou especialista na matéria, mas é a primeira vez que oiço uma situação dessas. Já assisti a muitas situações em que se colocou pó de pedra e nunca me constou que houvesse esse problema. Mas é uma questão que os técnicos avaliarão”, disse André Martins, presidente da Câmara.

Passadeiras e obras
Quanto à questão das passadeiras, o autarca da CDU lembrou que esse “não é um problema único de Setúbal” e vincou: “É uma situação que se vai arrastando. Isso não quer dizer que a Câmara Municipal não tenha um investimento significativo nesta área das passadeiras. Neste momento, além daquelas que estão a decorrer aqui no centro histórico, fizemos no início do ano lectivo a pintura de passadeiras em torno de todas as escolas do concelho e noutros locais identificados pelos serviços. Neste momento está a decorrer uma empreitada de 500 passadeiras. Creio que já terminaram a pintura de 100 passadeiras em Azeitão e seguir-se-ão as outras freguesias.”

No que toca às obras na via pública, e aos trabalhos na Avenida António Rodrigues Manito em particular, André Martins explicou: “Em cada obra existe uma comissão de acompanhamento, fiscalização… Nós temos de aguardar pelo fecho da obra, não está fechada. Nós verificamos o que está a acontecer. Agora, tenho também de dizer que, infelizmente para todos, verificamos que as empresas não têm a mesma capacidade a que já nos habituaram. Há problemas muito complicados. Não é só aqui em Setúbal. As empresas para sobreviverem têm de concorrer aos concursos, ganham os concursos e depois vão para o terreno e as coisas não funcionam. Não têm pessoal”.

André Martins lembrou que a Câmara pode retirar a obra a uma empresa que não esteja a cumprir com os prazos de execução, mas questionou: “Devemos fazer isso e a seguir irmos para um novo procedimento concursal ou de adjudicação? Depois que outras empresas é que nós vamos ter? Todas as empresas estão com enormes dificuldades. Importante é estabelecer uma relação de confiança com a empresa, no sentido de que possa desenvolver o seu trabalho e conseguir finalizar as obras o mais rapidamente possível. Penso que este é o caminho, tendo em conta a situação que é geral e não apenas desta ou daquela empresa”, concluiu.

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