Estúdio já está em funcionamento em todas as bibliotecas
A Biblioteca Municipal de Setúbal conta, desde ontem, com um estúdio de filmagem e edição, criado com o intuito de aproximar a comunicação social digital dos cidadãos.
No âmbito do Orçamento Participativo Portugal, António Sousa Pereira, director da revista “Rostos”, apresentou o projecto «Comunicação Digital de Proximidade», no valor de cerca de 90 mil euros, criado com a perspectiva de facilitar filmagens e edição de vídeo junto de toda a comunidade da região.
A candidatura foi a vencedora, em 2017, e o projecto foi atribuído à área da Cultura, tendo sido posteriormente remetido o seu acompanhamento à Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), que, por sua vez, elegeu a Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) e a sua rede de bibliotecas como parceiros para a implementação do estúdio.
Na inauguração, Sónia Martins, secretária-geral da associação, sublinhou que o convite era sinónimo do “reconhecimento do trabalho que a AMRS tem feito ao longo do tempo, no que diz respeito às bibliotecas”.
“Quando o projecto veio para as nossas mãos, desafiámos todas as bibliotecas da nossa região e da nossa rede a abraçarem esta ideia connosco”, explica.
“Inicialmente, houve a possibilidade de montar um estúdio em todas as bibliotecas que tivessem capacidade de criar este tipo de conteúdos para jovens, seniores ou movimentos associativos. Para tal, montámos um software para todas as bibliotecas e formámos técnicos nesta área”, continuou Sónia Martins.
“Já numa outra fase, promovemos um estúdio móvel que tem percorrido toda a região e ido ao encontro dos potenciais utilizadores”, concluiu a secretária-geral da associação, referindo que o estúdio móvel se encontra agora na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal.
Na inauguração do projecto, esteve também presente o presidente da AMRS, André Martins, que quis reforçar a importância da associação para a região. “Numa altura em que a AMRS acaba de fazer 40 anos de actividade, este é um exemplo da importância e reconhecimento de que é alvo por outras entidades”, frisou.
Já Silvestre Lacerda, director da DGLAB, descreveu o projecto como “uma forma de sustentabilidade”, que foi “evoluindo” até se tornar numa “iniciativa com pernas para andar”.
André Martins não comenta saída da Moita
No passado dia 24 de Outubro, o presidente da Câmara da Moita apresentou a demissão da Associação de Municípios da Região de Setúbal “por considerar que [o município] paga anualmente um valor muito elevado, com um retorno reduzido para o município”.
A O SETUBALENSE, Carlos Albino confirmou ontem que a autarquia vai avançar com a saída da associação, com o assunto a ser discutido na reunião pública da próxima segunda-feira [ver texto página 6]. Questionado por O SETUBALENSE sobre a saída das câmaras socialistas da AMRS, André Martins, presidente da associação, disse não querer comentar o assunto “até conversa com os municípios”.
“Já fiz o comentário que tinha de fazer. Como presidente da associação e do conselho directivo tenho obrigação de ouvir todos os municípios nos sítios certos. Respeito muito o funcionamento das instituições e de todas as partes que a constituem. Só posso pronunciar-me depois de tal me ser transmitido formalmente”, referiu o presidente da associação.
Fotografia: Nuno Gonçalves