Profissionais do Centro Hospitalar de Setúbal mais protegidos com capacetes inovadores no País

Profissionais do Centro Hospitalar de Setúbal mais protegidos com capacetes inovadores no País

Profissionais do Centro Hospitalar de Setúbal mais protegidos com capacetes inovadores no País

Ao todo, foram adquiridos 35 equipamentos, que filtram 99,9% do ar, incluindo o contaminado pelo vírus

 

A segurança dos profissionais de saúde do Centro Hospitalar de Setúbal, que diariamente estão em contacto com doentes infectados com a covid-19, foi recentemente reforçada com a aquisição de capacetes portáteis, inovadores no País, em substituição das máscaras FFP2.

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Ao todo, foram adquiridos 35 novos equipamentos para o Hospital de São Bernardo, os primeiros a ser implementados a nível nacional, “cujo valor unitário ronda os mil euros, em que o sistema, além da filtragem de ar, cria uma pressão positiva dentro da cogula [ou capacete], de forma a evitar que o ar filtrado entre”, explicou Jorge Santos, técnico hospitalar da MBA Portugal, empresa intermediária na compra dos capacetes, a O SETUBALENSE.

Esta segurança é garantida graças ao sistema do equipamento, “constituído por uma unidade portátil com capacidade de filtragem de ar de 99,9%, através de um filtro HEPA e por uma cogula (“headtop”), que pode ter dois formatos: um mais longo que desce até aos ombros e outro mais curto em forma de capuz”.

Os capacetes, designados ‘PeRSo’, foram desenvolvidos “por profissionais de saúde da Universidade de Southampton, em Inglaterra”. “Estão certificados para uso por parte de profissionais de saúde, socorristas e outro pessoal envolvido nos esforços para controlar a covid-19 e evitar a sua propagação”, garantiu Jorge Santos.

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O ‘PeRSo’ funciona a bateria, com uma duração estimada entre oito e 14 horas, “devendo a mesma ser verificada antes de qualquer utilização”. Já o filtro HEPA poderá ser utilizado “durante cerca de um ano”, com a sua condição a aparecer no ecrã presente no equipamento.

As cogulas são reutilizáveis, “mas são pessoais e intransmissíveis”, enquanto que “só os motores e filtragem de ar podem ser utilizados por todos, após a devida desinfecção”. “Cada profissional ficará responsável pela sua cogula, assim como ficará à sua responsabilidade a desinfecção do material no fim do trabalho, ou esterilização caso se aplique, como acontece, por exemplo, em contexto bloco operatório”, explicou o técnico hospitalar.

A sua colocação requer “a ajuda de um segundo elemento”, assim como o processo de retirar. “O ‘PeRSo’ privilegia a segurança, a protecção efectiva e um conforto sem precedentes para os profissionais em contacto com doentes de risco e em situações de variada índole, em que a segurança seja crucial”.

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Ao contrário das máscaras FFF2 e FFF3, as habitualmente utilizadas em contexto hospitalar, os novos equipamentos permitem aos profissionais de saúde “trabalharem com conforto”. “As caras em ferida estão hoje a voltar, com o número crescente de casos de internamento. Com as máscaras desconfortáveis, eles não deixam de estar protegidos, mas o desconforto que sentem é muito grande”, referiu.

Assim, com esta aquisição, implementada há cerca de um mês, os profissionais passam a puder trabalhar com mais comodidade, com os equipamentos apossuírem “um sistema reutilizável, de capuz que não requer ajuste à cara e que permite uma melhor qualidade no atendimento, com os pacientes a puderem ver o rosto do utilizador”.

Depois da sua entrega, “foi realizada uma formação, para que todos aprendessem a utilizar o material”. Além das 35 unidades, o Centro Hospitalar de Setúbal reforçou o pedido “com a compra de 200 consumíveis, que são as cogulas”.

No que diz respeito ao reforço do número de ‘PeRSo’, Jorge Santos refere que “só a evolução da pandemia poderá ditar essa necessidade”.

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