29 Junho 2024, Sábado

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Professores voltam a protestar na Praça de Bocage e garantem que vão continuar a lutar

Professores voltam a protestar na Praça de Bocage e garantem que vão continuar a lutar

Professores voltam a protestar na Praça de Bocage e garantem que vão continuar a lutar

Sindicato defende que ministro da Educação mude de postura para com os docentes sob pena de ter de abandonar o cargo

 

A “recuperação integral do tempo de serviço”, a “abolição de quotas no 5.º e 7.º escalão” e “a vinculação dos profissionais contratados” são algumas das exigências feitas pelos professores, que voltaram ontem à Praça de Bocage, em Setúbal, para participar no protesto organizado pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP).

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Naquela que foi a primeira concentração prevista para os vários concelhos do Distrito de Setúbal, que contou com a participação de cerca de uma centena de docentes, Alexandra Narra, delegada sindical do STOP, explicou a O SETUBALENSE que o sindicato “pretende chegar a todos os professores nas várias cidades”.

“Decidimos organizarmo-nos por cidades para darmos voz a todos. Isto é uma luta de todos. Não é uma luta de uma escola ou de uma cidade. É de um país. A educação é um pilar e todas as profissões dependem dos professores. É muito triste chegarmos onde chegámos”, disse a professora de educação especial.

Já o coordenador do STOP, André Pestana, afirmou que o ministro da Educação vai ter de alterar a sua postura para com os professores sob pena de ter de abandonar o cargo. “O ministro [da Educação] tem, de facto, de mudar radicalmente a sua postura. Ou então acho que vai de patins”, disse o sindicalista durante a concentração de professores.

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“Eu acho que é impossível um Governo, um ministro, continuar, digamos, a teimar, e a não satisfazer as nossas reivindicações, porque, de facto, o STOP não está sozinho”, salientou André Pestana, revelando que os docentes estão disponíveis para negociar na reunião desta semana com a tutela.

Já Alexandra Narra, e apesar de afirmar não poder “divulgar as datas das próximas acções por causa dos boicotes”, adiantou apenas que, durante o dia de hoje, a acção vai decorrer “mais a sul” e que não vão parar.

“A nossa greve tem sido boicotada por questões que não são verdadeiras. Não vamos deixar que isso aconteça. No fundo, dizem uma série de coisas para destabilizarem e para colocarem as pessoas numa insegurança e em dúvida e muitas acabam por desistir porque têm medo das represálias”, conta.

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“Com este tipo de acções temos a certeza de que vamos mudar muita coisa porque houve um despertar de consciência. Já não são só os professores, os assistentes operacionais e os profissionais que trabalham nas escolas que estão em luta. São também os encarregados de educação, os nossos filhos, famílias e alunos, sobretudo”, acrescentou.

Além de ser defendido que “os professores contratados vinculem o quanto antes, porque há muita falta de docentes, o que é uma vergonha”, a delegada sindical do STOP disse que, para os assistentes operacionais, pretende-se que estes “sejam tratados com dignidade e que sejam remunerados de acordo com a inflação”.

No seu caso, quando começou a trabalhar enquanto professora, “em 1998, ganhava quase o mesmo” que ganha actualmente. “Isto é muito triste. É exigido tudo e mais alguma coisa aos professores. Não podemos ser agradecidos só com palmas, visto que temos despesas e com palmas não se compra nada”, salientou, a concluir.

Com Lusa

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