É importante que neste novo ciclo de construção de fundos comunitários para a região de Setúbal haja um interlocutor
A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) defendeu ontem que a constituição da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Setúbal é fundamental para que a região tenha um interlocutor junto das instâncias europeias.
“É fundamental que a Península de Setúbal possa constituir a sua CIM e que ela possa constituir-se como um interlocutor e um agente de desenvolvimento”, disse Teresa Almeida, que falava à Lusa durante a conferência “CIM da Península de Setúbal os desafios para o Desenvolvimento Regional”, na tomada de posse do Conselho Coordenador Distrital de Setúbal da SEDES, uma das mais antigas associações cívicas portuguesas.
“Foi aqui dito que, porventura, a escritura da CIM ainda será feita dentro deste ciclo autárquico. E isso pode ser uma boa motivação para que rapidamente encontrem as soluções que precisam, para que haja apenas uma visão sobre o que a CIM tem de fazer”, acrescentou.
Para Teresa Almeida, seria impensável que a Península de Setúbal, que tanto lutou para poder ter voz través dos empresários, autarcas e associações da região não estivesse constituída a tempo de se afirmar como interlocutora no processo de atribuição dos fundos comunitários.
“Aquilo que importa, verdadeiramente, é que neste novo ciclo de construção de fundos comunitários para esta região de Setúbal haja um interlocutor para o que vai acontecer em breve, porque haverá anúncios da Comissão Europeia sobre o novo modelo [de fundos comunitários] a partir do princípio de Julho”, disse.
“Depois as coisas começam a precipitar-se rapidamente, mas eu penso que está tudo conjugado para que, num prazo curto, haja essa possibilidade de fazer a constituição da CIM da Península de Setúbal”, sublinhou Teresa Almeida.
No painel sobre a “CIM da Península de Setúbal os desafios para o Desenvolvimento Regional”, participaram também os presidentes das Câmaras Municipais de Palmela, Álvaro Amaro, e do Barreiro, Frederico Rosa, com este último a alertar para a necessidade de os municípios da região uniformizarem rapidamente os textos constitutivos da nova CIM, dado que subsistem algumas discrepâncias entre eles.
“É muito importante haver um sentido de urgência para se constituir a CIM, porque é um factor muito importante para a região”, sublinhou Frederico Rosa, que salientou a importância de haver uma visão estratégica comum sobre três grandes investimentos previstos para a Península de Setúbal, designadamente, a terceira travessia do Tejo, a ferrovia de alta velocidade e o futuro aeroporto.
Mais optimista, o presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, mostrou-se confiante de que os municípios da região serão capazes de se entenderem nas questões fundamentais para o desenvolvimento da região e de aprovar um texto constitutivo uniformizado da CIM, ainda durante o atual mandato autárquico.
A futura CIM da Península de Setúbal deverá integrar os nove municípios da região: Almada, Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal.
Conselho Coordenador Distrital de Setúbal da SEDES
Direcção
Andrea Tello Lima – Presidente
Emanuel Boieiro – Vice-presidente
Helena Ferreira – Vice-presidente
Ana Marques da Silva – Secretária Geral
Alexandre Real – Vogal – pelouro Inovação
Vasco Nunes – Volal – pelouro Juventude
Ema Paulino – Vogal -pelouro Saúde
Fernando Cardoso Ferreira – Vogal pelouro Social
Flávio Lança – Vogal – pelouro do Poder Local
Pedro Dominguinhos – Vogal – pelouro da Educação
Vítor Caldeirinha – Vogal -pelouro da Economia Azul e do Mar
Conselho Consultivo
Maria Leonor Pires de Freitas Campos – Presidente
Ana Lúcia Lança
António Correa Figueira
António Oliveira Carlos Manuel Seixas Fonseca
Carlos Manuel Fonseca
Carlos Sousa
Cristiano Neves
Francisco Rito
João Loureiro Rodrigues
Jorge d’Almeida
José Luís Bucho
José Vairinhos Gonçalves
Luís Fernando Cruz
Maria José Vale
Mónica Rodrigues
Nuno Mata Silva
Pedro Conceição
Pedro Ferreira
Raul Tavares
Vítor Carmona