A Polícia Marítima está a monitorizar a zona de sapais do Rio Sado, por suspeita de que o incêndio ocorrido na SAPEC, na madrugada de terça-feira passada, possa “ter afectado algumas destas áreas do domínio público marítimo sob a jurisdição da Capitania do Porto de Setúbal”. O anúncio foi feito esta sexta-feira, 17, pela Autoridade Marítima Nacional na página oficial do organismo na Internet.
“Dada a grande quantidade de água utilizada no combate ao incêndio, não foi possível contê-la na sua totalidade dentro do perímetro da área directamente afectada, pelo que alguma água, seguindo o seu percurso natural, acabou por atingir a zona de sapais adjacente ao rio Sado”, explica o comunicado da Autoridade Marítima Nacional.
“Esta água, dado ter sido empregue para o combate ao incêndio na SAPEC, arrastou resíduos de enxofre e de material utilizado para extinguir o incêndio. Desde a manhã do dia em que deflagrou o incêndio, a Polícia Marítima do Comando-local de Setúbal tem monitorizado esta situação, recolhendo diversas amostras de água em locais possivelmente afectados”, pode ler-se no comunicado.
A acção, que no primeiro dia foi conduzida apenas pela Polícia Marítima, “foi realizada em conjunto com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Porto de Setúbal – APSS, nos dias seguintes”.
“Foi também recolhido o testemunho de eventuais lesados, no que respeita impacto ambiental. Das diligências realizadas, foi elaborado o respectivo expediente e dado conhecimento ao Ministério Público de Setúbal”, conclui.