26 Junho 2024, Quarta-feira

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Petição pela inclusão da travessia Setúbal -Tróia no Passe Navegante quase na Assembleia da República

Petição pela inclusão da travessia Setúbal -Tróia no Passe Navegante quase na Assembleia da República

Petição pela inclusão da travessia Setúbal -Tróia no Passe Navegante quase na Assembleia da República

São necessárias 7 500 assinaturas para ser apreciada em plenário. Ontem à tarde, só online, já tinha sido subscrita por 6 498 pessoas

A petição pela “inclusão da Travessia Fluvial Setúbal -Tróia no sistema tarifário da Área Metropolitana de Lisboa no Passe Navegante” está muito perto de atingir mais de 7 500 assinaturas, tantas quanto as necessárias para ser apreciada no plenário da Assembleia da República.

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Ontem, domingo, às 18h00, a petição online já tinha sido assinada por 6 498 pessoas, mas, segundo Fernando Pinho, juntando estas subscrições às conseguidas, em papel, durante a Feira de Sant’Iago, que decorreu em Setúbal entre 21 de Julho e 6 de Agosto, e as na Festas do Barreiro, de 11 de 20 de Agosto, “em breve, o número total de assinaturas necessárias, mais de 7 500, está muito perto de ser atingido”, e acredita que vai ser “ultrapassado em muito”.

Contas por alto, Fernando Pinho, primeiro subscritor da petição, diz que terão sido recolhidas “cerca de 200 assinaturas” em cada um dos eventos de Setúbal e Barreiro. Agora vai arrancar uma nova fase de recolha de assinaturas no concelho sadino.

A primeira campanha chegou a estar agendada para o passado sábado, mas, “como o tempo não estava propício para as pessoas irem à praia, foi cancelada”, diz.

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Um dos primeiros motivos para exigir a inclusão da Travessia Fluvial Setúbal -Tróia no sistema tarifário da Área Metropolitana de Lisboa no Passe Navegante é mesmo o “direito dos setubalenses, e não só, de frequentarem as praias de Troia”, afirma o primeiro subscritor da petição. É que frequentar as praias da Arrábida, “com os problemas de trânsito, estacionamento e falta de transportes é muito complicado. Troia tem de ser uma opção viável”.

O custo da viagem regular em catamarã praticado pela concessionária Atlantic Ferries, que faz a travessia fluvial entre Setúbal e Tróia aumentou, a 12 de Janeiro de 2023, para 8,80 euros por pessoa (ida e volta), o que significa que um casal paga 17,60 euros por um dia de praia em Tróia. “É um preço incomportável. Os setubalenses não podem ser impedidos de usufruir daquelas praias, como aconteceu ao longo de anos, por estarem sujeitos a um preço absurdo para as suas carteiras”, afirma Fernando Pinho.

Com campanhas de assinaturas a serem agendadas para locais mais frequentados da cidade de Setúbal, entre elas no Mercado do Livramento, os promotores da petição vão esperar pelo fim do Verão para accionar o processo e a mesma subir a plenário. “Acredito que, nessa altura, teremos muito mais do que o número de assinaturas necessárias. “Esta é uma luta de todos os setubalenses e sentimos grande adesão à petição”.

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Aliás, Fernando Pinho diz que apesar do número de assinaturas ter começado a aumentar assim que a petição foi colocada online, a 21 de Julho, galopou quando a cantora e compositora sadina Cátia Mazari Oliveira, voz da formação “A Garota Não”, em final de Agosto, lançou na sua conta nas redes sociais “um apelo para que as pessoas se mobilizassem para assinar a petição. Num dia foram conseguidas mais de duas mil assinaturas”, lembra.

Escrevia então  Cátia Oliveira: “Precisamos da subscrição dos nossos jovens, dos nossos pais, dos nossos primos, tios, irmãos, amigos! Para fazermos valer a nossa voz na Assembleia da República e mostrarmos que não, não vale tudo aqui! E que os preços que a empresa responsável pelas travessias para Tróia está a praticar (quer se vá em lazer ou em trabalho) são absurdos, inaceitáveis e estranguladores! Uma estratégia de selecção que pretende apagar uma comunidade”.

Com o documento da petição a exibir o logotipo do Bloco de Esquerda, este poderá ser um elemento dissuasor para que a mesma seja assinada por quem não se revê naquela força partidária, mas Fernando Pinho acredita que isso não acontece. “Mantemos o logotipo do Bloco de Esquerda porque foi assim que a petição foi lançada, retirá-lo agora poderia parecer que estamos a esconder alguma coisa; não é isso que queremos. Esta é uma petição que reflecte o sentimento dos setubalenses, tanto assim é, que pessoas de outros quadrantes políticos ou sem preferência partidária já a assinaram”.

E acrescenta: “O que se pretende mesmo é que a petição seja apreciada no plenário da Assembleia da República”. Caso assim aconteça, e se o plenário o decidir, “poderá recomendar ao Governo que inclua a travessia do catamarã Setúbal – Troia no Passe Navegante. Além do sentimento afectivo da população de Setúbal de voltar a incluir aquelas praias no seu percurso de lazer, é também uma questão de mobilidade, mais rentabilidade dos transportes públicos e mesmo contribuir a nível ambiental”, afirma.

 

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