Secretário-geral do PS falou na importância dos trabalhadores do distrito e mandou farpas aos partidos mais à direita
Pedro Nuno Santos esteve esta quarta-feira em acções de campanha pelo distrito e, em Setúbal, deu destaque à população do distrito, mas não deixou de criticar as medidas propostas pelos partidos mais à direita.
“Setúbal é muito importante para nós, este é um distrito de gente trabalhadora, que valoriza o Estado Social, que tem sido muito penalizada por este governo porque, se já havia problemas na saúde aqui na Península de Setúbal, eles agravaram-se – e de que maneira. Não há sensibilidade para os problemas da população do distrito, e o distrito pode confiar em nós. Não vamos falhar porque é um distrito muito importante para nós, e nós valorizamos quem trabalha”.
O secretário-geral do Partido Socialista falava na manhã de ontem no Mercado do Livramento, onde foi recebido com grande entusiasmo por dezenas de candidatos, militantes e simpatizantes, que foram parando para conversar com os comerciantes.
Ainda sobre o distrito Pedro Nuno Santos referiu a ‘coligação’ entre a Alternativa Democrática e a Iniciativa Liberal considerando que as medidas defendidas por estes dois partidos querem “fragilizar” os trabalhadores. “Quando vemos a AD de braço dado com a IL, é motivo de grande preocupação para quem trabalha nesta península. Porque enquanto a AD fala em flexibilizar, a IL fala em liberalizar o mercado de trabalho. O que nós sabemos é que tanto a AD e a IL o que querem é fragilizar os direitos dos trabalhadores. Isso impõe uma derrota da AD e a necessidade de uma vitória do PS. E isso só se faz votando no PS”.
Houve ainda tempo para mandar farpas ao Chega, questionado sobre como é que é possível combater o crescimento do partido. “Nós temos de dar esperança às pessoas. O voto no Chega não resolve nenhum problema, eles não têm soluções, falam alto, berram muito, mas não têm soluções. O PS tem soluções para os problemas das pessoas”.
Para o responsável socialista as sondagens não são uma preocupação porque, garante, todos os anos estas têm errado no que diz respeito ao PS. “Todos os anos o PS é largamente subestimado nas sondagens, que depois não se verifica, já as derrotámos várias vezes e vamos derrotá-las outra vez, e nós sentimos isso como? Na rua, no contacto com as pessoas”.
O secretário-geral foi confrontado várias vezes, ao longo da caminhada pelo mercado, por pessoas que tocaram em temas como a imigração e as baixas pensões. Pedro Nuno entende que este é “o partido de todos os portugueses” e que o objectivo, a partir de dia 19 de Maio, é melhorar a vida dos cidadãos.
“Vamos tendo contacto com portugueses que têm dificuldades, que têm pensões muito baixas, isso obviamente nós conhecemos, temos é de saber como é que se encara estes problemas. Aquilo que nós queremos é, através do poder e da governação, melhorar a vida das pessoas, aumentar e melhorar as pensões dos nossos reformados, que obviamente continuam muito baixas e, como já é sabido, a nossa posição política é de aumento das pensões acima daquilo que a lei prevê, por oposição, o nosso adversário prefere fazer bónus pontuais quando lhe dá jeito”.