Empresário sustenta candidatura independente pelo CDS-PP à Câmara de Setúbal em quatro pilares que considera essenciais: pessoas, turismo, conhecimento e indústria
O empresário Pedro Conceição, candidato independente à Câmara Municipal de Setúbal pelo CDS – Partido Popular (PP) nas próximas eleições autárquicas, comprometeu-se na passada sexta-feira a implementar “uma visão global e de longo prazo” no concelho sadino, com vista a torná-lo “o terceiro mais próspero de Portugal”.
“Este é um projecto de modernização para Setúbal para os próximos dois mandatos. O meu sonho é ver Setúbal como um concelho mais próspero, dentro dos mais elevados padrões europeus e até mundiais”, referiu o engenheiro informático na apresentação oficial da sua candidatura, com “a Baía do Sado ao fundo como musa inspiradora”.
O seu plano para o concelho sadino encontra-se sustentado “em quatro pilares principais: pessoas, turismo, conhecimento e indústria”.
Ao nível da população, assegura ter “um plano específico para acompanhar o fenómeno da pobreza, nomeadamente no que diz respeito à pobreza sistémica”. “O nosso projecto propõe diminuir o número de cidadãos pobres, através do crescimento económico global. Pretendemos fazê-lo por via da modernidade”, afirmou Pedro Conceição.
No que diz respeito ao turismo, garantiu que “Setúbal tem condições mais favoráveis que Miami ou Copacabana, mas que nunca foram concretizadas”. “O turismo é importante para Setúbal, porque o turista traz capital e paga taxas turísticas, que irão aliviar o esforço fiscal suportado pelos cidadãos e que se reflecte no orçamento autárquico”, explicou.
Outro ponto da intervenção do candidato independente pelo CDS-PP recaiu sobre o conhecimento, com “as novas tecnologias a trazerem um novo paradigma ao mundo empresarial, onde este é o principal activo de muitos negócios”.
Contudo, “para cativar este tipo de investimento”, disse ser necessário “começar a renovar e a fazer crescer o projecto académico de Setúbal”. “Depois será necessário arranjar parcerias estratégicas”, acrescentou.
Em seguida, esclareceu que “a chamada indústria pesada é uma opção estratégica tomada para Setúbal há muitos anos”, pelo que “não seria racional colocar em causa a sua continuidade pela importância que tem, pela dimensão e qualidade mundial que apresenta e pelos empregos que garante”.
“O que pedimos a essas empresas é que continuem o percurso de modernização, com vista a melhores índices de produtividade, mas com preocupação de se tornarem mais amigas do ambiente”, apontou.
Por último, defendeu que é “urgente corrigir a injustiça” que foi “integrar a região de Setúbal no contexto metropolitano de Lisboa”, “para que a margem Sul do Tejo possa crescer a um ritmo mais acelerado”. “A reposição da NUTS III Região de Setúbal não resolve a situação. Teríamos de acrescentar uma outra medida e transferir Setúbal para a NUTS II do Alentejo”, considerou.
Também Paulo Paulino, José Nunes, Carolina Sampaio, Fernando Palha e Luís Sobral oficializaram na passada sexta-feira as suas candidaturas à presidência das juntas de freguesia do concelho pelo CDS-PP, assim como Paulo Santos, cabeça-de-lista à Assembleia Municipal.
João Merino diz que partido vai concorrer aos 13 concelhos
Na apresentação dos candidatos estiveram igualmente presentes Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP, João Merino, presidente da comissão política distrital do CDS-PP de Setúbal, e Francisco Tavares, secretário-geral.
Na sua intervenção, João Merino disse que “o CDS-PP vai concorrer aos treze concelhos do Distrito de Setúbal, algo que não acontecia há mais de duas décadas”. Este objectivo, “para aquele que é o 4.º maior distrito em termos de população”, é complementado com o desejo de “fazer crescer o número de autarcas eleitos”.
Já Francisco Rodrigues dos Santos enalteceu Pedro Conceição, ao referir que o empresário “é um homem de trabalho, que subiu a vida a pulso, fruto do seu suor”. “Temos no nosso candidato alguém que reclama o valor da liberdade, para construir e trabalhar. Estou bastante confiante nesta candidatura”, frisou.
Em seguida, referiu: “Precisamos de mais ‘Pedros Conceições’, para que aqui haja investimento, para que se crie valor e para que esta terra seja de oportunidades para os mais jovens, que aqui querem viver, constituir família, ter acesso a uma habitação acessível”.
“Também para os mais idosos, para que não se sintam excluídos, para que não se sintam votados à pobreza e ao isolamento. E o Pedro [Conceição], além de empresário, também sempre demonstrou esta preocupação humanista”, confessou.
Líder do CDS-PP Francisco Rodrigues dos Santos pede reavaliação da matriz de risco da pandemia
O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, pediu na passada sexta-feira ao primeiro-ministro que seja reavaliada a matriz de risco da pandemia, “para que seja afinada e para que possa incorporar os dados da vacinação”, no sentido de garantir que “as medidas que são tomadas não matam a economia”.
Em seguida, na apresentação da candidatura do CDS-PP à Câmara de Setúbal, acrescentou: “Se continuarmos a tomar medidas por culpa dos erros do Governo, estaremos a lançar mais prejuízo sobre os empresários, vamos ter uma queda do PIB e um aumento da nossa dívida. Isto trará mais insolvências e mais desemprego a Portugal”.
Antes, Francisco Rodrigues dos Santos criticou “incoerências” em declarações do Presidente da República e do Presidente da Assembleia da República, assim como nas medidas implementadas pelo Governo no sentido de travar a pandemia.
Por último, defendeu ser “muito importante que os partidos tenham atitudes responsáveis e que não organizem arraiais, que não estejam constantemente a furar as regras para seu proveito, dando um mau exemplo e um mau sinal aos portugueses”.