Partido reforça a necessidade de Portugal renegociar as condições de pagamento da dívida
O livro “Euro, Dívida, Banca – Romper com os constrangimentos, desenvolver o País” (edições Avante!) é apresentado publicamente esta quarta-feira, 5, às 21h, com a presença de Vasco Cardoso, da Comissão Política do Comité Central do PCP, na sala José Afonso da Casa da Cultura de Setúbal.
O partido lembra que a iniciativa tem lugar “precisamente seis anos após a conferência de imprensa do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, para apresentar a proposta do PCP de ‘Renegociar a dívida pública – Desenvolver a produção nacional!’”, que decorreu a 5 de Abril de 2011.
“Passados 6 anos, a realidade está a dar razão ao PCP. Na altura a dívida pública atingia já um valor superior a 160 mil milhões de euros, ou seja, 94% do PIB, e já custava ao País, por ano, cerca de 5 mil milhões de euros. Hoje, a dívida pública portuguesa é uma das maiores do mundo, situa-se em 242,9 mil milhões de euros (Janeiro 2017), representa cerca de 130% do PIB, custa em juros por ano 8 mil milhões de euros, bem mais do dobro do que o País recebe em fundos estruturais da União Europeia e praticamente o mesmo que gastou no Orçamento do Estado com a saúde ou a educação”, lê-se num comunicado do executivo da Comissão Concelhia de Setúbal do PCP.
O PCP conclui que a proposta de renegociação da dívida pública nos seus prazos, juros e montantes “mantém toda a actualidade”, por ser “um fardo pesadíssimo que compromete o presente e o futuro do País”.