Autarcas de Setúbal, Sesimbra e Palmela integraram comitiva que esteve na região este sábado para conhecer contornos do projecto
O secretário-geral do PCP esteve este fim-de-semana na região para saber os contornos da candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera da UNESCO. Paulo Raimundo fez-se acompanhar de uma comitiva na visita ao território.
Nesta estiveram incluídos o presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, o presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Francisco Jesus, e o presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, sendo que estes são os três municípios que compõem o território Arrábida.
Fruto do encontro, que contou ainda com a presença de outros autarcas bem como técnicos, os comunistas saíram com a ideia de que a candidatura em questão “consagra a região como laboratório vivo de sustentabilidade, pela conjugação entre a actividade humana, económica, social e cultural e a riqueza natural em terra e em mar que são simultaneamente substrato e sustento da região”, como se lê em nota de Imprensa enviada à redacção d’O SETUBALENSE.
Na visita, que decorreu este sábado e foi articulada entre o PCP e a Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), o secretário-geral tomou conhecimento dos detalhes da candidatura encabeçada pela associação e pelos três municípios abrangidos pelo território Arrábida (Setúbal, Sesimbra e Palmela). O projecto conta ainda com o apoio do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e que, numa fase inicial, contou ainda com contributos da população, empresas, associações e entidades públicas.
Paulo Raimundo e a comitiva estiveram ainda na serra onde atentaram à “riqueza da sua biodiversidade” e à geodiversidade do espaço com matas em estado selvagem. Lembram ainda que a serra, cuja paisagem foi motivo de inspiração para as redacções do poeta e professor azeitonense Sebastião da Gama, conta ainda com três monumentos históricos e que faz de “abrigo silencioso”. Consideram que este é um “berço de tradições e actividades económicas fundamentais para o desenvolvimento social desde os tempos das primeiras ocupações humanas”.
O projecto pretende que esta zona possa ser valorizada tendo em conta os seus atributos e valores “único à escala nacional” e outros tantos que são vistos e reconhecidos “à escala mundial”.
“Uma candidatura que, além do merecido reconhecimento do trabalho das entidades públicas e autarquias, cria melhores condições para a continuação do envolvimento constante dos parceiros na gestão do território, da promoção de um turismo sustentável e da valorização da produção e dos circuitos locais”, declaram ainda os comunistas.