Secretário-geral da CDU esteve esta quarta-feira em Setúbal e fez-se acompanhar pela cabeça-de-lista por Setúbal, Paula Santos
Paulo Raimundo considera que os votos no distrito de Setúbal são fundamentais para voltar a colocar o Partido Ecologista Os Verdes (PEV) na Assembleia da República. O secretário-geral da CDU esteve esta quarta-feira em Setúbal, numa arruada com a cabeça-de-lista pelo distrito, Paula Santos e o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins.
“[O distrito] tem todas as condições e as capacidades para isso. Condições, capacidades e oportunidade. A oportunidade de eleger a Paulo Santos, o Bruno Dias e a Heloísa Apolónia. Tem duas vantagens, reforça com gente trabalhadora, gente ligada à realidade, e contribui para voltar a pôr o PEV no Parlamento, que tanta falta faz”.
Num percurso que começou na Praça do Bocage e terminou num comício com a caravana comunista, Raimundo considerou que o tempo da CDU é agora, e o que importa é assegurar condições para as pessoas.
“O timing da CDU é este, é no contacto com as pessoas, em torno daquilo que importa, não é em torno de anúncios nem pré-anúncios, é em torno daquilo que importa. Dos salários, das pensões, da habitação, do Serviço Nacional de Saúde, dos direitos das crianças, do combate à pobreza, da vida destes comerciantes, todos os dias apertados nomeadamente pelos grandes interesses e pela grande distribuição, é isso que é que importa, é isso que é preciso resolver. E o nosso tempo é este, é o tempo de hoje, de amanhã, sexta, sábado, e domingo queremos uma grande votação para responder a estes problemas”.
O candidato foi confrontado com o anúncio, tornado público hoje pelo próprio, de que Henrique Gouveia e Melo vai avançar com a candidatura a Presidente da República, num sufrágio que se realiza no próximo ano.
“Estava mais que clarificado, quer dizer, alguém tinha dúvida que isso ia acontecer? Não havia nenhuma dúvida sobre isso. O que eu acho é que isto é uma não-notícia, a notícia seria Gouveia e Melo não é candidato. Nós já sabíamos que ia ser candidato, quer dizer, alguém estranhou essa notícia? Acho que não. O timing foi decidido pelo próprio”.
Ao longo da caminhada pelas ruas da baixa comercial de Setúbal Paulo Raimundo foi sendo confrontado por comerciantes e consumidores, a quem teve a oportunidade de dizer que “o tempo é agora”.
O comunista não estranhou também que agora se saiba que a morada da Spinumviva, empresa da família de Luís Montenegro, continue a ser a casa do Primeiro-Ministro, mas remete a história para o início ao considerar que, há dois meses, Montenegro se devia ter demitido.
“O que eu disse, até no início da nossa campanha foi que notícias envolvendo o Luís Montenegro sobre esta matéria vão aparecer durante a campanha. Estão recordados que eu afirmei isso. Eu não tinha nenhuma fonte privilegiada, era uma questão de tempo até voltar a aparecer. Mas a questão fundamental foi aquela que nós dissemos há dois meses, Luís Montenegro, face aquilo que se conhecia há dois meses, – não é o que se conheceu agora, ou hoje, ou ontem, ou anteontem –, devia ter tido a hombridade de se ter demitido, não o fez, agora tem que arcar com as consequências da sua decisão”.