Dores Meira falou com Miguel Pinto Luz e Ana Paula Martins sobre um novo estacionamento para o hospital e aumentar a ponte onde passa o comboio
A construção de um parque de estacionamento com três ou quatro pisos perto do Centro Hospitalar de Setúbal e o prolongamento da ponte seca, viaduto onde passam os comboios em direção às Praias do Sado, são duas das principais empreitadas sobre as quais Maria das Dores Meira falou com os ministros das Infraestruturas e Habitação e da Saúde, respetivamente, nas reuniões que realizou a semana passada.
Na primeira das obras a câmara municipal tem intenção de criar um estacionamento, com três ou quatro pisos, que sirva essencialmente o Hospital de Setúbal – tendo em conta que os atuais 123 lugares no interior da unidade não servem trabalhadores e utentes.
A localização está ainda em estudo, mas a infraestrutura poderá passar por um destes dois locais: nas traseiras do Centro de Emprego de Setúbal, num terreno afeto ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), ou em frente à entrada do Centro Hospitalar de Setúbal, onde está já um parque de estacionamento para os trabalhadores deste local.
A presidente da Câmara Municipal de Setúbal discutiu, na semana passada, esta questão com a ministra da Saúde, com quem esteve reunida. Em causa está o estacionamento agora disponibilizado não ser suficiente para fazer face às mais de duas mil pessoas que por lá passam diariamente.
Na primeira das localizações, e apesar de estar longe do hospital, o município quer também que este seja um local de apoio tanto ao edifício municipal instalado nos Ciprestes, como também para os utentes que utilizam o Interface de Setúbal, também ela na Avenida dos Ciprestes.
Já se a opção recair sobre o segundo local, o objetivo é criar estacionamento não só para os utilizadores da unidade de saúde, como também criar estacionamento para toda a área comercial da zona da Aranguês, para o Campo da Bela Vista (do União Futebol Comércio Indústria) e para a Praça de Touros Carlos Relvas, que apesar de estar encerrada a sua requalificação é uma promessa eleitoral feita pela então candidata do movimento independente do Setúbal de Volta.
Ainda que numa fase ‘embrionária’ ambas as localizações estão em estudo, bem como a forma de financiamento. Na reunião pública do executivo camarário da passada quarta-feira a edil admitiu a possibilidade de se fazer uma parceria com o Ministério da Saúde, mas, se a solução não passar por aí, o município poderá abrir um concurso público ou até recorrer a fundos comunitários.
Alargamento da Ponte Seca em estudo
Já com o ministro das Infraestruturas e Habitação, a presidente da autarquia de Setúbal conversou sobre a possibilidade de se alargar o viaduto do comboio, a ponte seca localizada na localidade de Praias do Sado.
Tal como também revelou a autarca na passada quarta-feira, Miguel Pinto Luz deu luz verde para que a autarquia começasse a pedir orçamentos para que esta empreitada avance.
Esta questão pode estar relacionada com uma outra proposta eleitoral da agora presidente da autarquia. No programa eleitoral de Dores Meira lê-se que o movimento Setúbal de Volta pretendia “reivindicar acessos alternativos às praias do Sado junto do Governo”.
O alargamento pode ter a ver com a intenção do anterior executivo da Câmara Municipal de Setúbal, que em junho do ano passado esteve reunido com o então governante com a pasta das Infraestruturas, ainda Miguel Pinto Luz, para insistir com o prolongamento da linha para que os comboios da Fertagus possam servir o território de Praias do Sado – paragem que também serve para o Instituto Politécnico de Setúbal.
