Estudantes da Secundária Dom Manuel Martins vão, durante o ano lectivo, assumir o trabalho de biólogos
Cerca de trinta alunos dos 11.º e do 12.º anos da Escola Secundária Dom Manuel Martins estão, ao longo do ano lectivo, a desempenhar funções de verdadeiros biólogos e cientistas com o propósito de compreender mais sobre conservação e restauração de habitats marinhos.
“Conhecer a biodiversidade costeira e aprender a identificar alguns dos organismos chave para ajudar a monitorizar a zona entre marés numa praia rochosa” são dois dos principais objectivos do programa de ciência cidadã “Kids Dive Goes Wild”, que teve a sua primeira saída de campo esta segunda-feira na Praia de Albarquel onde os jovens “instalaram um sensor que mede de hora a hora a temperatura do ar e da água, ao longo de aproximadamente 15 anos”, como explica a Câmara Municipal de Setúbal em nota de Imprensa.
Esperam-se mais duas saídas para o terreno sendo que o sensor vai fazer medições, que no total se vão traduzir em quatro técnicas de amostragem, e que vão ser trabalhadas em sala de aula pelos alunos através de uma “base de dados de ciência cidadã” para que, de futuro, possam contribuir “para a gestão de áreas marinhas costeiras”.
Além da autarquia, o projecto dinamizado pela Associação Ciência e Educação para a Conservação da Biodiversidade Marinha (MARDIVE) conta também com colaboração do Mares Circulares e a Associação Baía de Setúbal.
Proporcionar uma experiência entre alunos e cientistas é uma das vertentes da iniciativa que tem também como finalidade “o estudo das condições ambientais e dos indicadores de biodiversidade marinha” e a “monitorização de uma área costeira local com base em práticas de ciência cidadã” para incidir na preservação do oceano global.
Considera-se que a parceria “enriquece a compreensão científica, fortalece a relação entre a sociedade e a ciência e constrói uma base mais sólida para a inovação e a tomada de decisões informadas” e que a ciência cidadã “abre portas para a resolução de problemas complexos, aproveitando a inteligência colectiva para abordar questões ambientais”.