Ocean Alive identificou 18 novas pradarias marinhas no Estuário do Sado em 2024

Ocean Alive identificou 18 novas pradarias marinhas no Estuário do Sado em 2024

Ocean Alive identificou 18 novas pradarias marinhas no Estuário do Sado em 2024

Cooperativa continua a desenvolver trabalhos de preservação e restauro, actualmente em Soltroia, Base-Ferry, Cambalhão e Ponta do Adoxe

A Ocean Alive fez grandes avanços nos trabalhos de preservação e restauro das pradarias marinhas do Estuário do Sado, tendo a área total destas aumentado em cerca de 36 hectares face ao último estudo.

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Os dados foram apresentados pelas biólogas marinhas Raquel Gaspar e Ângela Fernandez, membros do projecto, na tarde desta terça-feira num encontro que decorreu na Casa da Baía.

“O aumento da área total das pradarias marinhas deve ser encarado como uma oportunidade para preservar algo que está em bom estado. Esta é a altura certa para melhorar as condições ambientais e evitar aquilo que nos faz perder as pradarias. Além disso, os custos de restaurar aquilo que é degradado são muitos superiores aos custos da protecção”, considerou Raquel Gaspar, como se lê em nota de Imprensa da Câmara Municipal de Setúbal.

As profissionais da área da biologia fizeram saber que o mapeamento desenvolvido pela cooperativa já identificou 29 pradarias marinhas, que ocupam um total de 190 hectares, sendo que, depois de apurados os dados de 2024, há a acrescentar mais 18 pradarias numa área de 150 hectares. 

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Estas estão, actualmente, a trabalhar no restauro das pradarias marinhas de Soltroia, Base-Ferry, Cambalhão e Ponta do Adoxe, nos quais “se verificou uma recuperação das pradarias quer pela boa capacidade de se restaurarem sozinhas” quer pela intervenção da cooperativa.

Desde 2016 que a Ocean Alive desenvolve o programa “Guardiãs do Mar” com foco no restauro das pradarias marinhas, programa apoiado pela autarquia de Setúbal. Envolvidas estão seis mulheres que “assumem um papel catalisador na transformação de comportamentos da comunidade piscatória com vista à eliminação das ameaças colocadas à preservação deste habitat, designadamente o lixo da mariscagem, as âncoras e a pesca destrutiva”.

No ano passado a cooperativa foi a grande vencedora dos Prémios Natura 2000 da Comissão Europeia, depois do apelo pelo combate às práticas de ancoragem e a melhoria do estado de conservação dos habitats, através da luta contra a poluição do lixo marinho em locais ameaçados do Estuário do Sado.

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Em 2017 as “Guardiãs do Mar” da Ocean Alive já tinham sido finalistas nos Green Project Awards 2017, e, em 2019, uma produção cinematográfica sobre as Pradarias Marinhas do Sado foi finalista de um concurso da ONU.

Outro dos objectivos do programa passa pela capacitação das pescadoras através de serviços de educação marinha e mapeamento das pradarias, por forma a dar resposta à perda de empregos nas pescas. Além disto, procuram transformar os comportamentos das comunidades piscatórias por forma a acabar com ameaças à preservação deste habitat, nomeadamente lixo da mariscagem, âncoras e pesca destrutiva.

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