Livro criado no âmbito dos 170 anos do jornal apresenta “traves-mestras” do passado colectivo da cidade do Sado
O jornal O SETUBALENSE, no âmbito do seu 170.º aniversário, vai assumir a responsabilidade de promover a edição do ‘Dicionário da História de Setúbal’. Esta obra, coordenada pelo professor Albérico Afonso Costa, contará com cerca de cinquenta autores, com destaque para os que mais se têm dedicado ao estudo da história da cidade de Setúbal.
Este livro contará também com o contributo de outros investigadores de várias áreas científicas bastante diversificadas, como a arqueologia, sociologia, antropologia, economia, arquitetura, jornalismo, entre outros. Nesta obra serão encontradas, de forma sistematizada, as “traves-mestras” do passado colectivo.
O ‘Dicionário da História de Setúbal’ integrará mais de mil e trezentas entradas (verbetes), abrangendo temas da área social, política, económica, cultural, desportiva e religiosa, num arco temporal que vai da pré-história à época contemporânea. Integrará, ainda, sínteses biográficas de homens e mulheres que nasceram e ou viveram em Setúbal e que de alguma forma se destacaram na sua área de intervenção.
Com a edição deste dicionário, o pretendido é “assumir a responsabilidade cívica de continuar a preservar os valores culturais e históricos da comunidade que foi o seu chão desde o primeiro número”. De acordo com a organização, com este projecto editorial o objectivo passa por proporcionar aos setubalenses, e particularmente a alunos e professores, um “instrumento de informação e de síntese acerca da investigação histórica” já realizada sobre a cidade do Sado. Terá ainda como meta “trazer à luz do dia nova informação sobre temas pouco conhecidos e, de algum modo, abrir portas a novas investigações”.
A organização refere que, tendo em conta que se “vive um tempo pautado pela violência do esquecimento”, a principal virtualidade deste dicionário passa por “organizar a história da cidade em que se vive, destacando os acontecimentos que lhe deram a feição que hoje tem, os diversos ideários que aqui se tentaram cumprir, relembrar as figuras que aqui nasceram ou inscreveram a sua vida, entender o pulsar do tempo e como se chegou até hoje”.
Ao longo de quase dois séculos de existência, O SETUBALENSE acompanhou toda a história da cidade que o viu nascer, constituindo-se como “uma memória da cidade”. Nas próximas edições do jornal serão dadas mais informações acerca deste projecto editorial.