António Cavaco reconhece que objectivo só pode ser atingido com o apoio de “parceiros” como a APSS, Câmara Municipal e juntas de freguesia
O novo presidente do Clube Naval Setubalense, António Cavaco, estabeleceu como principal missão para os próximos três anos “equilibrar as contas” da colectividade, uma vez a sua “situação económica e financeira” degradou-se “nos últimos anos, na sequência de uma administração danosa por parte da direcção anterior à agora substituída, bem como dos efeitos negativos provocados pela pandemia”.
Na tomada de posse dos novos órgãos sociais do histórico clube para o triénio 2022-2024, realizada na passada quinta-feira no Pavilhão Gimnodesportivo da colectividade, António Cavaco garantiu ser importante “valorizar” o Naval Setubalense, “porque é necessário reposicioná-lo como a grande referência do desporto amador federado de Setúbal”.
Isto apesar que “não existirem salários em atraso e de existir capacidade para pagar aos fornecedores”. “Apesar de ser uma organização sem fins lucrativos e uma instituição de utilidade pública, é necessário gerar recursos financeiros para financiar as actividades desportivas”, revelou, para em seguida acrescentar: “Temos um plano, mas necessitamos que os nossos parceiros e amigos nos continuem a ajudar”.
Desta forma, disse ser “imperioso que a APSS [Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra] continue a apoiar o clube com a concessão dos ancoradouros (bóias sazonais), não reduzindo o seu número”.
Já à Câmara Municipal de Setúbal pediu apoio “com a Piscina das Palmeiras, cuja manutenção tem sido a principal causa de défice das contas do clube”. “Além da competição desportiva, a piscina presta serviço público a pessoas que pretendem usufruir para efeitos de manutenção e melhoria da sua saúde e condição física”.
Para António Cavaco, “a parceria com as juntas de freguesia” é igualmente “vital para o relançamento do clube, tendo a certeza de que a mesma vai ser frutuosa para ambas as partes”. Já ao capitão do Porto de Setúbal, o novo presidente do Clube Naval Setubalense pediu ajuda na resolução “do problema da sucata acumulada (barcos devolutos) há longos anos no parque norte/exterior”.
“São barcos abandonados pelos seus proprietários, que há muito deixaram de pagar o parqueamento”, justificou. Antes de terminar, António Cavaco fez questão de dirigir uma palavra aos sócios, a quem prometeu “trabalho, honestidade, organização e transparência de processos”.
“Os sócios são a alma do clube e os funcionários são o seu sangue. Sem estes, a alma não se exprime e atinge os seus limites. Queremos que se orgulhem por trabalhar nesta instituição”, afirmou, a concluir.
Direcção composta por “equipa pequena, mas ágil”
Além de António Cavaco, a direcção do Naval Setubalense é composta por mais quatro elementos, que assumiram na quinta-feira a vice-presidência do clube.
“Temos cinco pessoas na direcção. Quisemos uma equipa pequena, mas ágil. Estamos aqui para arregaçar as mangas e enfrentar o temporal”, garantiu o novo presidente. Fazem assim parte da direcção da colectividade António Cavaco, David do Carmo, Pedro Malaquias, Jorge Silva e Saúl Pereira.
Já a mesa da assembleia-geral é agora presidida por João Barbas, contando com João de Almeida como 1.º secretário e com Carlos Barrento como 2.º secretário.
A ‘comandar’ agora o conselho fiscal, por sua vez, está Sérgio do Cabo, estando como secretários Manuel Pujol e Miguel Pedro.
O Clube Naval Setubalense, fundado a 06 de Maio de 1920, conta actualmente com 5 500 associados e 350 atletas federados, distribuídos pelas modalidades de andebol, desporto adaptado, ginástica, natação, patinagem artística, remo e vela”.