Moradores da Praceta Maria Lamas ficaram a conhecer estudo prévio da unidade de saúde, que tem um custo previsto de 7,5M€
A população de Setúbal ficou a conhecer o novo Centro de Saúde do Bairro do Liceu, após a Câmara Municipal e a União das Freguesias de Setúbal apresentarem, numa reunião com moradores, o estudo prévio desta unidade de saúde, realizado pela autarquia segundo a programação do Ministério da Saúde.
O espaço, com um custo previsto de sete milhões e 500 mil euros e na fase de adjudicação dos projetos, vai ser composto por uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) e por três unidades de saúde, cada uma para 14 mil utentes e com oito médicos, para um total de 42 mil utentes e 24 médicos, contando com dois edifícios de dois pisos e cave, um com 1333 e outro com 2987 metros quadrados de área bruta.
Foi explicado pela autarquia que no edifício mais pequeno serão instaladas, entre outras valências, as unidades de cuidados na comunidade e paliativos, enquanto o maior vai acolher as três unidades de prestação de cuidados de saúde e a URAP. O município cede o terreno, com 4900 metros quadrados, e fica responsável pelos projetos, que vão custar 150 mil euros, pela preparação do concurso e pela empreitada.
No final da reunião desta quarta-feira, os moradores da Praceta Maria Lamas, realizada na Escola Secundária de Bocage, foi constituído um grupo de trabalho com sete residentes, que representam os cinco edifícios existentes na praceta, para “acompanhar o projecto e outras questões relacionadas” com aquela zona do Bairro do Liceu.
Em nota de Imprensa, o município sadino explica que os moradores questionaram os impactos que o centro de saúde, que vai substituir o da Beira-Mar, vai ter na Praceta Maria Lamas, tendo a autarquia assumido o compromisso de procurar “formas de minorar os efeitos causados pela instalação deste equipamento”.
Para André Martins, é “muito importante” que os moradores acompanhem o processo, para “perceberem o que está aqui em causa”. “Se constituírem o grupo de trabalho e acompanharem, perceberão melhor o que vamos fazer”, disse o presidente da edilidade antes de os moradores formarem o grupo.
Nesta reunião este o vereador da Saúde, Pedro Pina, que referiu que “nas últimas décadas, o concelho de Setúbal foi dos mais prejudicados em termos de construção de centros de saúde”, realçando que se procurou “encontrar uma solução de proximidade para um grande número de utentes que não tem médico de família”. O vereador recordou ainda que o centro de saúde da Beira-Mar “está obsoleto e não responde a um grande número de necessidades”, dando o exemplo da ortodontia.
Também na reunião, o presidente da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas, notou que o executivo municipal pretende sempre “ouvir as pessoas”, porque “quem vive nos sítios é que conhece” os seus problemas.
O autarca considerou “muito importante” o conhecimento do território por parte de quem nele reside. “Não faz sentido fazermos coisas que nós achamos que são muito boas, mas que depois vocês não têm a mesma opinião”, reforçou o presidente da Junta de Freguesia.