PCP ficou mais pobre. Antigo autarca em Setúbal estava organizado na concelhia de Palmela. Faleceu aos 92 anos
O PCP está de luto pelo falecimento de Vítor Zacarias, militante comunista e destacado resistente anti-fascista que, ultimamente, estava organizado na concelhia de Palmela. Faleceu na passada sexta-feira aos 92 anos. As cerimónias fúnebres realizaram-se no sábado no Crematório do Cemitério da Paz, em Algeruz, Setúbal.
Em comunicado, o secretariado da Direcção da Organização Regional de Setúbal (DORS) do PCP destaca o percurso de Vítor Zacarias e a mais recente actividade do comunista.
“Integrava a Comissão de Honra para as Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril em Setúbal, criada pelas autarquias do concelho este ano. Foi operário na secção metalúrgica da fábrica da CUF no Barreiro. Esteve preso mais de dois anos, na década de 1960, nas cadeias do fascismo, no Aljube e em Caxias, sofrendo os horrores das torturas do ‘sono’ e da ‘estátua’ às mãos da PIDE”, revela a estrutura partidária.
Vítor Zacarias foi “membro da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Setúbal, entre Maio de 1974 e Junho de 1975”, “dirigente do Clube de Campismo de Setúbal” e integrava o “Conselho Nacional da União de Resistentes Anti-Fascistas Portugueses”, no qual desempenhou funções de dirigente “durante vários anos”.
De acordo com a DORS, o comunista foi “determinante para a dinamização da actividade do Núcleo de Setúbal e Palmela” bem como “um impulsionador para a criação do Monumento aos Resistentes Anti-Fascistas, instalado na placa central da Avenida Luísa Todi”.
A finalizar, a estrutura regional do PCP sublinha o “carácter honesto, solidário e amigo” que permitiu a Vítor Zacarias constituir-se como “uma referência e um exemplo de dedicação, de compromisso e de incansável empenho” na luta “por uma sociedade mais justa” e na “defesa dos valores de Abril, da liberdade e da democracia”.