26 Junho 2024, Quarta-feira

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Morreu o actor setubalense Luís Aleluia [actualizada]

Morreu o actor setubalense Luís Aleluia [actualizada]

Morreu o actor setubalense Luís Aleluia [actualizada]

Partida precoce do eterno “Menino Tonecas” deixa cultura portuguesa mais pobre. Notícia chocou comunidade artística e grande público

 

O actor setubalense Luís Aleluia foi esta sexta-feira encontrado morto em casa. Tinha 63 anos e foi um dos principais rostos do teatro e da televisão.
Foi Herman José o primeiro a anunciar e lamentar o desaparecimento precoce do actor, que chocou comunidade artística, grande público e entidades oficiais.

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“Soube da notícia agora. O querido Luís Aleluia foi distribuir gargalhadas para outra dimensão. Paz à sua alma. Era um homem bom e um excelente comediante”, escreveu Herman José na sua página no Facebook, ao final da noite de sexta-feira.

Luís Aleluia, entre muitos papéis, assumiu a figura de Menino Tonecas, numa série televisiva que ainda hoje perdura na memória de muitos. E era tido como um dos nomes maiores do mundo do espectáculo no País, conforme admitiu o Presidente da República que manifestou pesar pela perda.

“Guardamos na nossa memória o que foi de facto o seu talento, a sua empatia, a sua capacidade de conquistar público, de várias idades e ao longo de muito tempo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à Comunicação Social, à margem dos festejos da noite de São João no Porto.

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A cena artística, a região e o País ficaram mais pobres, o que levou o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, a manifestar pesar. “O teatro português ficou mais pobre e também mais triste. Além da sua vida nos palcos e ecrãs, deu também o melhor de si aos outros, como revela o empenho que colocava na sua actividade na Casa do Artista”, considerou o governante.

História marcante

Luís Aleluia levava quatro décadas de carreira, marcada por papéis de comédia, sobretudo nos palcos e na televisão, mas via no drama o seu “maior desafio”.

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O cabo Júlio Gameiro, personagem que assumiu em mais de 600 episódios de “Bem-vindos a Beirais”, da RTP, permitiu perceber as muitas facetas do actor, que nunca deixou de ser o Menino Tonecas. Mas o seu trabalho é extenso, atravessa todos os géneros, do teatro de revista ao teatro de Tchekhov.

Luís Filipe Aleluia da Costa nasceu em Setúbal a 23 de Fevereiro de 1960, numa família separada e pobre, o que o levou à Casa do Gaiato, na terra natal, onde viveu durante sete anos e onde aprendeu os “valores que ficam para a vida”, como disse em entrevista a Manuel Luís Goucha, na TVI, em 2021.

O gosto pelo palco teve origem na infância, nos anos de 1960-1970, com as galas da Casa do Gaiato e actuações em diferentes grupos amadores, seguindo-se a profissionalização, na viragem para a década de 1980, no Teatro de Animação de Setúbal (TAS).

O maior sucesso foi alcançado em 1996, quando recuperou “As Lições do Tonecas”, com o actor José Morais e Castro, na RTP, e transformou o antigo programa de rádio das décadas de 1930-1940, de José de Oliveira Cosme, numa produção de quatro temporadas e 50 episódios.

“As Lições do Tonecas” multiplicaram-se ainda por espectáculos levados às comunidades portuguesas, em todo o mundo, e deram origem a especiais como “O Natal do Tonecas”, “As Férias de Tonecas” e “Tonecas Regressa às Aulas”.

A base do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa tem na revista “Há, mas são verdes!”, o registo mais antigo da sua presença em palco. Foi em 1982, no Teatro Variedades, em Lisboa. Depois veio uma carreira ímpar, brilhante…

O SETUBALENSE apresenta as mais sentidas condolências à família enlutada e amigos. Com Lusa

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