Jornalista recordado como “um bom cidadão e amigo do seu amigo e deixa muitas amizades e principalmente muita saudade”
Fernando Gouveia “foi um bom cidadão, amigo e deixa muitas amizades e principalmente muita saudade” Morreu na tarde do passado sábado, de doença súbita, aos 63 anos, o jornalista Fernando Gouveia, que ocupou o cargo de “chefe de redacção” de O SETUBALENSE durante “cerca de oito anos entre as décadas de 80 e 90”.
“Não era esperada a sua morte. Penso que foi um bom cidadão, amigo do seu amigo e que deixa muitas amizades e principalmente muita saudade”, confessou Joaquim Gouveia, irmão do jornalista, a O SETUBALENSE.
A carreira de Fernando Gouveia, conta o irmão, começou “no antigo jornal ‘Nova Vida’, logo a seguir à Revolução de Abril de 1974”. “Depois funda o jornal ‘A Cidade’ e só depois vai para O SETUBALENSE”.
No decorrer do seu percurso passa ainda pela “já extinta Rádio Clube de Setúbal, onde fica pouco tempo, porque entretanto recebe um convite para ir trabalhar para o jornal O Século, em Lisboa”.
Volvidos três anos, regressa à cidade sadina para integrar a equipa da revista e jornal Semmais. Passado pouco tempo, a desafio do seu irmão, abraça o projecto “Sports Setúbal”, “jornal dedicado ao Vitória de Setúbal”, onde esteve também três anos.
“Ganhou vários prémios de jornalismo e foi muito referenciado pela Rádio Renascença, que praticamente todos os dias transmitia umas linhas dos seus artigos aos ouvintes. Antigamente mandavam um postal com um recorte do que havia sido transmitido, e o meu irmão acabou por guardar centenas desses postais”, contou Joaquim Gouveia.
Os seus artigos “eram muito lidos animavam as pessoas”, acrescenta, garantindo que o seu irmão fora “um excelente jornalista”. “Talvez a maior entrevista da sua vida foi feita ao escritor Baptista Bastos, de quem ele era realmente um grande fã”.
Além disso, foi ainda “um dos autores do teatro de revista da Sociedade Musical Capricho Setubalense”. Já nos últimos anos, Fernando Gouveia “dedicava-se à escrita, tendo alguns livros em carteira, mas que acabou por não publicar nenhum”.
O jornalista “deixa um filho”. À família enlutada e amigos, O SETUBALENSE endereça sentidas condolências.