27 Junho 2024, Quinta-feira

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Ministro diz que alargamento de cimenteira na Arrábida não tem enquadramento nas regras

Ministro diz que alargamento de cimenteira na Arrábida não tem enquadramento nas regras

Ministro diz que alargamento de cimenteira na Arrábida não tem enquadramento nas regras

Duarte Cordeiro garante que se ordenamento não estiver de acordo, o alargamento não será autorizado

 

O ministro do Ambiente e Acção Climática, Duarte Cordeiro, disse hoje no parlamento que a pretensão da cimenteira Secil de ampliar as pedreiras da Arrábida “não tem enquadramento” nas regras do Parque Natural.

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“O promotor (a cimenteira) foi informado de que a pretensão que deseja não está conforme o ordenamento do Parque Natural da Arrábida”, pelo que se não estiver de acordo não será autorizada, disse o ministro, que falava na comissão parlamentar de Ambiente, numa audição regimental.

Duarte Cordeiro começou por explicar que a autoridade responsável pela Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

As explicações do ministro surgiram no seguimento de uma pergunta do deputado do Bloco de Esquerda Pedro Filipe Soares, que considerou que “não devia ser permitida a expansão de uma cimenteira numa área protegida”.

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No início do mês foi divulgado que a cimenteira Secil tinha uma proposta de fusão e ampliação de duas pedreiras na Arrábida, em Setúbal. A associação ambientalista Zero advertiu que a alteração está proibida por lei e disse não compreender como foi submetida a consulta pública.

O novo Plano da Pedreira de Vale de Mós A, na zona do Outão, prevê a fusão das atuais pedreiras de Vale de Mós A e de Vale de Mós B, de calcário e marga, matérias-primas necessárias para produção de cimento, e a ampliação da área de exploração das duas pedreiras em 18,5 hectares, mas reduz a cota de exploração de 40 para 80 metros acima do nível do mar.

Segundo a cimenteira, este novo plano de exploração das pedreiras de Vale de Mós na Arrábida (Setúbal), que está em consulta pública até 29 de Março, permitiria, na prática, reduzir a área total de exploração das duas pedreiras em 18 hectares, graças à reversão dos 36 hectares já ambientalmente recuperados, como também possibilitaria a criação de um patamar de 27 hectares de área ambiental e paisagística mente recuperada a uma cota de 80 metros acima do nível do mar.

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O objectivo da Secil, de acordo com a informação disponibilizada pela empresa, é ter uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA), mesmo que condicionada, que apresente uma solução melhor em termos ambientais e que proporcione melhores condições para a utilização futura do espaço das pedreiras, quando for encerrada a exploração de calcário na serra da Arrábida.

O presidente da associação Zero, Francisco Ferreira, disse que a alteração proposta pela Secil, independentemente das virtualidades que possa ter e que os ambientalistas irão analisar nas próximas semanas, está expressamente proibida no Regulamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA).

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