Ministro da Educação ‘denuncia’ atraso da região em colocar jovens no Ensino Superior

Ministro da Educação ‘denuncia’ atraso da região em colocar jovens no Ensino Superior

Ministro da Educação ‘denuncia’ atraso da região em colocar jovens no Ensino Superior

Nos 45 anos do IPS o governante reconheceu o potencial da instituição e Ângela Lemos explicou preocupações ao Governo

O distrito de Setúbal é um dos que tem menos jovens no Ensino Superior. Quem o diz é o ministro da Educação, Inovação e Ciência, Fernando Alexandre, que falava na cerimónia de comemoração dos 45 anos do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), que coincidiu com o início do ano lectivo.

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“Esta é uma das regiões com níveis mais baixos do País. A região de Setúbal é uma das três que coloca menos jovens no Ensino Superior, quer dizer que nós temos um sistema educativo que exclui muita gente e isto vem também de um outro factor que é a falta de acesso ao pré-escolar, que é também menor aqui em Setúbal”.

O governante explicou a importância de as instituições de ensino superior investirem na “internacionalização e autonomia” e que, só através destas duas medidas, é possível desenvolver um modelo de ensino exemplar. O Governo está por isso disponível para apoiar as instituições – que devem “pensar num futuro com a sociedade, a economia e a região” – em projectos inovadores que partam das universidades e politécnicos.

No rebate aos indicadores que tinha revelado inicialmente, expressou o contributo que o politécnico setubalense tem tido no desenvolvimento do País e da escolaridade. “O IPS tem contribuído para aumentar imenso o sucesso escolar e o acesso ao Ensino Superior, e por isso as próximas décadas para o politécnico, pensado a médio-longo prazo, vão ser décadas de crescimento, ao contrário das previsões que existiam”.

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Ao afirmar que a “proximidade” com a comunidade é um “factor decisivo” lembrou que a região vai receber o novo aeroporto, o que vai alavancar (e muito) a economia local e regional.

Presidente do IPS pede solução para problemas “estruturantes”

A presidente do IPS, Ângela Lemos, destacou, durante a sua intervenção, que as cinco escolas que compõem os campus de Setúbal e do Barreiro contam, no total de todos os concursos nacionais de acesso ao ensino superior e em diversas modalidades de ensino, com cerca de 3900 estudantes. Para a responsável o número é importante e reflecte a “afirmação no panorama nacional”.

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Aproveitou então a presença do membro do Governo para deixar algumas das preocupações “estruturantes” que espera ver resolvidas. Assim, pediu uma revisão do modelo de financiamento das instituições de ensino superior que, nestes moldes é “discriminatório e asfixiante”. Solicitou também uma alteração das condições de acesso ao ensino superior porque, entende, desta forma está a privar-se os estudantes de mais estudos.

Por fim, pediu uma revisão do regime jurídico, e também mais igualdade entre as instituições de ensino superior. Neste último ponto, voltou à carga com um assunto pelo qual já se tem batido há algum tempo – a possibilidade de os institutos politécnicos poderem conferir o grau de doutoramento. Sobre este último assunto, o ministro Fernando Alexandre viria a concordar.

O Politécnico de Setúbal está a comemorar 45 anos e, para isso, está montado um programa comemorativo que vai decorrer nos próximos nove meses e que, a cada dia 7 de cada um destes meses, conta com conversas, conferências, e encontros para toda a comunidade escolar e não só.

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