Ministério do Mar diz que está disponível para colaborar mas desconhece projecto turístico para zona ribeirinha de Setúbal

Ministério do Mar diz que está disponível para colaborar mas desconhece projecto turístico para zona ribeirinha de Setúbal

Ministério do Mar diz que está disponível para colaborar mas desconhece projecto turístico para zona ribeirinha de Setúbal

Ministra afirma desconhecer o acordo entre Câmara de Setúbal e Macau Legend, e que dossier preparado entre município e APSS “resume-se” a um powerpoint, mas garante estar disponível para colaborar

 

A ministra do Mar diz estar disponível para colaborar na concretização do projecto turístico previsto para a zona ribeirinha de Setúbal, mas preservando as condições de desenvolvimento do Porto de Setúbal.

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O Ministério do Mar (MM) sublinha que é preciso “garantir que não será posto em causa o crescimento do Porto de Setúbal, âncora do desenvolvimento industrial na região de Setúbal”, numa referencia à questão já suscitada publicamente de a marina pensada para a zona do Naval poder, eventualmente, conflituar com o Canal norte de navegação no Sado, que o Governo pretende aprofundar, para permitir a navegação por navios de calado médio.

Em resposta a questões colocadas por Nuno Magalhães, deputado do CDS-PP eleito por Setúbal, o gabinete da ministra diz, no entanto, que “o Ministério do Mar não tem conhecimento da existência de acordo firmado entre a autarquia de Setúbal e a empresa macaense Macau Legend”.

Sobre o dossiê preparado, entre o Município de Setúbal e a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) relativo a esta zona da cidade, o gabinete de Ana Paula Vitorino diz tratar-se de uma presentação em powerpoint.

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“O MM foi informado que o eventual dossiê, existente na administração portuária e transitado do anterior conselho de administração, resume-se a uma apresentação exploratória em powerpoint”, lê-se no documento enviado ao grupo parlamentar centrista, onde é acrescentado, na mesma frase, “existindo também, na referida administração portuária, uma brochura editada pela APSS e pela Câmara Municipal de Setúbal”.

Como o DIÁRIO DA REGIÃO noticiou em primeira-mão, para a zona da doca de recreio, onde está o Clube Naval Setubalense, está previsto um grande investimento, de 250 milhões de euros, do empresário macaense David Chow, num projecto turístico que pretende ligar Setúbal e Tróia, aproveitando a baía de Setúbal, que integra o clube das mais belas do mundo, e que passa pela construção de um resort integrado, na cidade sadina, e pela entrada dos macaenses no capital do Casino de Tróia, do grupo Amorim.

 

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Nuno Magalhães “surpreendido” com falta de diálogo entre Câmara e Governo

Nuno Magalhães, líder parlamentar centrista e deputado eleito por Setúbal, em declarações à Lusa, mostrou “surpresa por só com uma pergunta do CDS ficar a saber-se que entre o Governo e a Câmara de Setúbal há uma ausência total de diálogo”.

“Das duas uma: ou a Câmara de Setúbal anunciou um projecto que não tem ou o Ministério do Mar nega acordos que anda a fazer em ano eleitoral. Não deixaremos de, em todas as sedes, no parlamento e na Assembleia Municipal, confrontar a presidente de Câmara e o Ministério sobre estas duas visões opostas sobre uma matéria tão séria como a zona ribeirinha”, disse.

A Macau Legend Development firmou a 07 de Julho, em Macau, um memorando de entendimento com a Câmara de Setúbal relativo a um projecto de turismo, lazer e entretenimento, cuja primeira fase inclui um hotel, área comercial e residencial, um pavilhão multidesportivo, um parque de estacionamento e uma marina.

 

A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, realçou na altura que se encontra “tudo em negociação” e, embora manifestando o interesse em “conceder o máximo” de terra, explicou que está a ser feito “um plano de pormenor para a área”.

Maria das Dores Meira destacou que a área envolve “várias gestões” – a portuária, do Governo central, a municipal – e tem ainda privados, impondo-se assim a definição de um plano de pormenor, que pode demorar entre seis meses a um ano, “em que todas as entidades estejam de acordo para a transformação e aquisição de uma só entidade que é a Macau Legend”.

“Da parte do município nós faremos todos os possíveis”, sublinhou, referindo-se à celeridade, ao destacar que do projecto depende “criação de riqueza, desenvolvimento económico-social e turístico para o município”, incluindo emprego, estimando que possa gerar entre mil e três mil postos de trabalho.

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