Bailarina, compositora e cantora brasileira falou sobre o seu crescimento no mundo artístico
Foi no belo bairro de Alcântara, em Lisboa, que já depois do espectáculo em Setúbal, fizemos uma bela entrevista a Tatiana Cobbett. Depoimento em nome pessoal, é a única mulher entre os cinco filhos do diretor de cinema William Cobbett e da produtora cultural Eliana Cobbett, Tatiana nasceu carioca em 1960 e sempre teve a presença constante da arte em sua vida.
Foi na dança que se encontrou de menina até aos 30 anos?
Foi a primeira maneira de me expressar artisticamente, multidisciplinarmente. Sou bailarina formada pela Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e antes de completar o curso de História na UFRJ, aceitei uma bolsa de estudos e, aos 18 anos, fui para Nova Iorque estudar dança moderna e contemporânea. Ao retornar, ingressei numa das mais importantes companhias de dança brasileira: a Companhia Paulista Balé Stagium, onde trabalhei por treze anos, onde percorri o Brasil, toda a América Latina, América Central e alguns países da Europa.
Tatiana, viciada pela escrita escolheste o Chico Duarte de Holanda como parceiro e como dizes na tua biografia, escreveste, coreografaste, produziste e interpretaste em diversos espetáculos, entre eles o musical Mulheres de Holanda, obra que foi indicada ao prêmio APETESP pelo texto e trilha sonora.
Coreografei para teatro e dirigi várias instituições culturais, incluindo o Teatro Pirandelo, em São Paulo, além de outros espectáculos. Na época, cantarolar e inventar versos já eram a minha marca.
Mineragem Palavras Musicadas
Para dar lugar a saudade de Minas inspirada num dos maiores estados do sudoeste brasileiro, Tatiana une-se com Márcio Lima para fazerem um espectáculo sobre Minas com Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Adélia Prado, Carolina Jesus, Clara Nunes. Milton Nascimento, Fernanda Brant. Esse espectáculo que abriu no Páteo da ESSG, às 23h30 de passado dia 19, tendo tido muito sucesso.
De salientar ainda o Projeto “De lá e cá” Poemas e performances com espectáculos de rua, dona poesia música composta por mulheres marca também o seu trabalho criativo.
Observação de Teatro:
José Gil – Professor Adjunto de Teatro da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal Ator e Encenador
Maria Simas – Actriz do Teatro do Politécnico IPS e Mestranda