Mercado do Rio Azul comemora hoje seis anos de reabertura com nova cara [fotogaleria]

Mercado do Rio Azul comemora hoje seis anos de reabertura com nova cara [fotogaleria]

Mercado do Rio Azul comemora hoje seis anos de reabertura com nova cara [fotogaleria]

Bolo, moscatel e música ao vivo com Susana Martins. Um dia diferente num mercado que muitos ainda conhecem como Mercado da Lota

Localizado na frente ribeirinha do Sado, o Mercado do Rio Azul cheira, de facto, a frescura, e hoje, 31 de Janeiro, comemora seis anos desde que foi requalificado e rebaptizado como de Rio Azul; antes, era o Mercado da Lota, e ainda são muitos que por este nome o conhecem desde que abriu há 32 anos.

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Hoje é dia de festa no mercado. Começa às 10h00, vai haver bolo de aniversário e moscatel e, ao vivo, vai ouvir-se a cantora Susana Martins.

A funcionar na Avenida José Mourinho, o espaço comercial que esteve parcialmente fechado para as obras de requalificação, recebeu um investimento superior a 300 mil euros liderado pela União das Freguesias de Setúbal, com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal e Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, até que a 31 de Janeiro de 2019, reabriu os seus 600 metros quadrados ao público.

“O antigo mercado já não tinha boas condições nem de venda nem de funcionamento. Foi preciso montar novas bancas, mudar o sistema de esgotos, nova electrificação, trocar o piso e alterar a zona de frio”, lembra Fátima Silveirinha, presidente da União de Freguesias de Setúbal. As obras incluíram ainda a abertura de um café e talho, e áreas para produtos diversos. Ao todo são 50 espaços comerciais.

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Ontem, cerca das 10h30 da manhã, a clientela era fraca, mas nem sempre tem sido assim. “Devido às últimas tempestades tem havido menos peixe, as pessoas sabem disso e não vêm ao mercado”, justifica Fábio Ferreira que, desde há quatro meses, possui duas bancas no mercado.

“Antes, e durante dois anos, ajudei a minha avó aqui no mercado, onde tem banca, depois estive na Holanda durante três anos; só voltei para Portugal em Agosto do ano passado, e regressei a este mercado”, conta a O SETUBALENSE. Apesar de insatisfeito por o negócio estar algo quedo, “pela falta de peixe”, admite que, mesmo assim, “dá para sobreviver”, caso contrário “já me tinha ido embora”, afirma.

“Com estas condições climatéricas, muitos dos pescadores não vão ao mar e, quando assim é, há vendedores que não vão trabalhar e as pessoas também não vão ao mercado”, reforça Fátima Silveirinha.  

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Aliás, o comentário sobre a “inesperada” falta de peixe para venda é transversal a todos os vendedores, caso de Ângela Gomes que há muito tem banca neste mercado à beira-rio. “Estou aqui há 32 anos, desde que o mercado abriu. Antes vendia na rua”, lembra. E, a seguir, a sorrir, diz: “Amanhã vamos ter festa”.

Logo na entrada frente ao Sado, Ana Pereira e Ana Mira, uma com banca de venda de frutos secos e vinhos, entre outros produtos, e outra de fruta e também frutos secos, queixam-se pela falta de motivos de atractividade do mercado. Sabem bem que o Mercado do Rio Azul não pode concorrer em notoriedade e tradição como o Mercado do Livramento, mas acreditam que com animação as pessoas iriam sentir-se mais atraídas a fazer compras, até porque a “qualidade do peixe, e outros produtos, é muito boa”, afiançam.

Neste momento estão algumas bancas vazias, algumas porque os vendedores desistiram do negócio e outras porque vão integrarem uma remodelação do espaço, como na ala poente que deverá ser remodelada para venda de produtos variados, que não sejam o peixe, carne e pão.

Entretanto, em Fevereiro, está previsto que algumas bancas entrem em hasta pública para licitação, trata-se de “bancas desocupadas ou que estejam em transição”, avança a presidente da Junta de Freguesia de Setúbal, e a isto acrescenta: “Estamos a ponderar organizar acções para promover o mercado, até porque, acredito, existem pessoas de Setúbal que não conhecem o Mercado do Rio Azul”.

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