Aumento salarial defesa das funções sociais do estado e do Serviço Nacional de Saúde público

Cerca de 500 trabalhadores do Distrito de Setúbal vão manifestar-se em Lisboa este sábado, 5 de Abril, numa jornada de luta pelo aumento de salários e pensões, melhoria das condições de trabalho, defesa das funções sociais do estado e defesa do Serviço Nacional de Saúde público.

“Exigimos que seja cumprida a exigência proposta pela CGTP do aumento dos salários em 15%, um aumento que não pode ser nunca inferir a 150 euros”, afirma Luís Leitão, coordenador da União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN.

Já quanto ao aumento das pensões, diz o sindicalista que este tem de ser de “5% e nunca inferior a 70 euros”, assim como o salário mínimo que, ainda em 2025, “tem de ser fixado em mil euros”.

Na manifestação vai ser ainda exigido o fim das normas laborais gravosas, tanto no sector público como privado.

No sector da saúde, além do “reforço real do Serviço Nacional de Saúde”, Luís Leitão aponta que “o dinheiro que tem de ser investido nos hospitais públicos e centros de saúde, tanto em meios humanos e equipamentos, não pode ser desviado para favorecer os privados”. Para o sindicalista, as políticas que o actual Governo tem seguido no sector da saúde, “apontam para o entregar à gestão privada, o que é absolutamente inaceitável”.

Num quadro de eleições legislativas, a CGTP-IN defende que “é preciso exigir compromissos aos partidos políticos, para fazerem políticas do interesse dos trabalhadores”. 

No caso da Segurança Social, diz Luís Leitão que existe um Fundo de Estabilização de 35,9 mil milhões de euros, verba esta que “tem de ficar cativa e continuar a ser gerida pela Segurança Social e não ser entregue a fundos de pensões privados”.

No contexto da manifestação de amanhã, vai ainda ser reivindicada a valorização da escola pública, assim como mais meios humanos tanto professores como auxiliares e educação. O direito à habitação é outra das exigências que se vai ouvir nesta jornada de luta.          

A concentração para a manifestação está marcada para as 15h00 no Príncipe Real, e vai seguir até ao Caís do Sodré.