26 Julho 2024, Sexta-feira

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Manifestação contra as dragagens junta menos pessoas do que a anterior

Manifestação contra as dragagens junta menos pessoas do que a anterior

Manifestação contra as dragagens junta menos pessoas do que a anterior

APSS aponta início de dragagens entre hoje e o próximo dia 15. Manifestantes assumem luta contra processo até ao último instante. Fotografia: Alex Gaspar||||

Terão sido duas ou três centenas de pessoas, longe das mil de Setembro. Participantes foram incentivados a irem à reunião de Câmara marcada para quarta-feira.

 

A manifestação que decorreu ontem ao final do dia, em clima de chuva e frio, contra as dragagens no rio Sado, em Setúbal, juntou no máximo três centenas de pessoas, num total inferior aos cerca de mil manifestantes que participaram no último protesto, em Setembro.

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Os manifestantes concentraram-se no Jardim da Beira-Mar, com cartazes e palavras de ordem contra os trabalhos da draga que já se encontra no rio, desde sexta-feira, e que deve iniciar as dragagens durante esta semana.

O protesto foi convocado pela associação SOS Sado que anunciou no sábado a intenção de avançar com mais uma providência cautelar contra o projecto.

Durante a manifestação alguns responsáveis de organizações participantes no protesto apelaram às pessoas presentes para que marquem presença na próxima reunião da Câmara Municipal de Setúbal, marcada para quarta-feira. E, no local, foi montada uma tribuna pública, onde, entre outros, falou Raquel Gaspar, da Ocean Alive. “Portugal não pode deixar morrer o estuário do Sado”, disse a bióloga, que pediu aos presentes para ajudarem a passar a mensagem e a sensibilizar os responsáveis políticos.

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As dragagens destinam-se a aprofundar os canais de navegação no Sado até aos 13 metros de forma a permitir a entrada no rio de navios de maior calado, sendo o Projecto de Melhoria das Acessibilidades Marítimas ao Porto de Setúbal, um investimento de 24,5 milhões de euros, da responsabilidade da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra.

A APSS confirmou recentemente que as dragagens começam esta semana “de 9 a 15”, mas não informou quando terminam ou em que local do rio vão começar. Dos 3,5 milhões de metros cúbicos de areia que vão ser retirados do Sado, a primeira parte vai ser colocada no aterro que servirá para acrescentar o terminal Ro-Ro.

A SOS Sado receia, entre outros problemas, que as dragagens possam destruir vestígios arqueológicos de antigos navios naufragados no Sado, embora a Declaração de Impacte Ambiental imponha que os trabalhos sejam acompanhados, em permanência, por um arqueólogo a bordo da draga.

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Por: Francisco Alves Rito

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