28 Junho 2024, Sexta-feira

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Manhã submersa para lojistas e condutores no centro da cidade

Manhã submersa para lojistas e condutores no centro da cidade

Manhã submersa para lojistas e condutores no centro da cidade

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CDOS de Setúbal registou 62 ocorrências. Junta da União de Freguesias colocou 40 profissionais no terreno

 

Vias alagadas, lojas fechadas e população com água pelos joelhos, na sequência da tromba de água que ontem se fez sentir. Foi assim que se ‘ergueu’, pela manhã, Setúbal. Submersa.

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O concelho sadino foi o mais afectado pela chuva em todo o distrito, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal.

Apesar da precipitação ter coincidido com a baixa-mar do Rio Sado, até às 16 horas tinham sido registadas 62 ocorrências, com as principais ruas do centro da cidade a ficarem inundadas e até interditas à circulação automóvel.

“O concelho foi o mais afectado a nível de ocorrências, principalmente referentes a inundações. Temos um registo provisório de 62 ocorrências. No entanto, ainda estão a ser avaliadas algumas situações. É tudo inundações a nível urbano, sem vítimas e sem danos”, disse fonte do CDOS de Setúbal.

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O Túnel do Quebedo foi disso exemplo, obrigando à interrupção temporária da circulação rodoviária. A O SETUBALENSE, o presidente da Junta da União das Freguesias de Setúbal explicou que o trânsito esteve cortado de manhã no referido túnel “por precaução, sendo que ao fim de 20 a 30 minutos já não tinha água”.

“Teve um problema, pelo que tivemos de o fechar, mas como tem um sistema próprio de escoamento a água saiu sozinha”, revelou Rui Canas.

O autarca confirmou ainda problemas em cerca de uma dezena de espaços, nomeadamente “em caves e garagens”, além da “questão da Avenida Alexandre Herculano, em que o Bonfim esteve com muita água, vinda da zona do Hospital [de São
Bernardo]”.

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“Lamentamos também outras situações. Sei que houve problemas no
Bairro Salgado e que na Rua Almeida Garrett o nível da água esteve a cerca de 20 centímetros, mas ao fim de uma hora todos os sítios afectados estavam novamente transitáveis”, garantiu.

Já no Bairro do Troino houve “problemas em habitações, face à forte pressão de água nos telhados”.

“No total tivemos cerca de 40 profissionais da Junta de Freguesia a tentar resolver as situações. Durante a tarde [de ontem] temos 12 trabalhadores de prevenção e vão estar mais dez durante a noite, para o caso de voltar a acontecer alguma coisa”, revelou.

Também na Avenida Luísa Todi houve acumulação de água, em grande parte, devido ao entupimento de sarjetas. Já na Escola Secundária Sebastião da Gama, os alunos não puderam entrar nem sair do estabelecimento de ensino.

Água galgou das sanitas e inundou estabelecimentos

Na baixa da cidade, várias foram as lojas que caram alagadas e que registaram prejuízos. No restaurante ‘A Tasquinha’, a “água chegou aos joelhos”, tendo os funcionários passado a “manhã” a tirá-la com a ajuda dos vizinhos, contou Raquel Galivar.

Também o restaurante ‘Laçarote’ lamentou o prejuízo sofrido mas ainda não contabilizado. “Entrou aqui muita água, principalmente da sanita. Hoje ninguém serviu aqui um único almoço e vai ser assim pelo menos mais dois dias. Temos de secar e desinfectar tudo isto”, armou o responsável do espaço.

Já no ‘Cabeleireiro Mena’, a água chegou aos 20 centímetros de altura, entrando dentro do estabelecimento também pela casa-de-banho. “Tenho os móveis cheios de água.
O meu vizinho é que me esteve a ajudar com uma bomba, que retirou a maior parte da água”, disse a proprietária, enquanto varria a loja ainda inundada.

Já António Carreira, do estabelecimento ‘Cortiça e Bijuteria’, lamenta que o sistema de esgotos “não funcione ecazmente”. “As sarjetas estão sempre entupidas e ninguém resolve este problema. Tenho de ter a loja fechada porque a água saiu pelas sanitas e o cheiro é muito intenso”, salientou.

Na geladaria ‘Valenciana’, situada no Parque Urbano de Albarquel, o chão autuante da loja ficou “uma miséria”. A proprietária informou que o quadro da electricidade “vai abaixo constantemente”, o que, se “entretanto não se resolver”, vai originar “prejuízos significativos” nas arcas de gelados.

 

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