LASA vai propor à câmara municipal criação de comissão para proteger património

LASA vai propor à câmara municipal criação de comissão para proteger património

LASA vai propor à câmara municipal criação de comissão para proteger património

Joaquina Soares diz que o organismo deve voltar a existir para evitar “demolições” como a do Aqueduto de Setúbal

Conservar o património da cidade de Setúbal é o principal objectivo da Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão (LASA) que vai propor à Câmara Municipal de Setúbal a criação da Comissão de Defesa do Património Edificado.

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A associação dá como exemplo as recentes demolições de “uma secção do Aqueduto de Setúbal, de estruturas e residências privadas de interesse na Várzea e Algodeia, e de chaminés e fábricas da indústria conserveira”, em documento enviado à redacção d’O SETUBALENSE, para sublinhar que é preciso intervenção naquelas que são as decisões que incidem sobre o património da cidade.

Assim, assumem-se com vontade de apresentar, junto da autarquia, uma proposta de constituição de um “órgão de carácter consultivo e de participação voluntária”, e de parceria entre todas as entidades, com o principal objectivo de “analisar e opinar acerca de projectos de demolição, alteração e renovação urbana, na óptica da defesa e salvaguarda de património edificado até meados do século XX”.

Sobre o que diz respeito a projectos de demolição referem que poderiam actuar activamente com o “resgate de elementos artísticos e arquitectónicos de relevância/ interesse, acompanhando para esse efeito, no terreno, os referidos processos de demolição, apelando à salvaguarda de artefactos como serralharia e cantaria artística e decorativa”, afirmando que as empresas de construção vêem com bons olhos a conservação do património e elementos culturais.

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“Uma comissão deste tipo seria muito importante para a câmara porque a ideia é ajudar, dar o contributo, porque numa associação como a LASA, que tem quase 300 sócios e tem mais de 15 doutorados, que vivem na cidade e que são cidadãos atentos e, de certa forma, já sensibilizados para a defesa e para a importância do património cultural da nossa cidade e, portanto, podem prestar um serviço muito valioso, sem custos”, reflecte a presidente da direcção da LASA, Joaquina Soares, em declarações a O SETUBALENSE.

A comissão, que se propõe que tenha um carácter consultivo, quer juntar-se à equipa de profissionais já existentes na autarquia para incluir “vozes adicionais de sensibilidade acrescida à significância histórica do património edificado se define como algo oportuno e necessário, de modo a garantir que Setúbal continue, na melhor medida possível, a disfrutar no futuro do livre acesso ao seu passado”.

Joaquina Soares explica que este tipo de comissões já existiram “nos anos 70 e 80” e que, com a extinção destas, muito se foi perdendo pelo caminha. “No fundo, há muitos anos que não existe essa comissão e temos verificado que tem havido algumas intervenções menos boas para o património”.

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“A LASA deixa deste modo em aberto e à consideração, uma proposta com vista ao abandono de uma posição frequente e forçosamente reactiva às perdas do património edificado local de relevância, fazendo votos que esta possa ser substituída por uma capacitação de proatividade, cooperação e serviço à preservação do passado setubalense”, pode ainda ler-se no documento.

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