Polícia Judiciária investiga o homicídio e procura o autor dos disparos que se colocou em fuga
Gurpreet Singh, indiano de 25 anos, foi morto com um tiro de caçadeira no peito quando estava no seu quarto na noite de domingo, na Rua Engenheiro Ribeiro da Silva, em Praias do Sado, em Setúbal. O suspeito, encapuzado, disparou quatro tiros de caçadeira contra uma casa em Setúbal onde estavam alojados seis emigrantes e matou o jovem de 25 anos.
O suspeito está a ser procurado pela Polícia Judiciária de Setúbal, que tem a caçadeira em sua posse. Um dos moradores conseguiu tirar a arma ao suspeito quando este a carregava com mais cartuchos.
O crime aconteceu na noite de domingo, perto das 21h30. Hardeep Sigh, um dos moradores conta que foi tudo muito rápido e inesperado. “O atirador, encapuzado, disparou dois tiros de caçadeira da rua através dos estores fechados do quarto de Grupreet, que foi atingido no peito e teve morte imediata. Um colega de quarto, também foi atingido num braço, mas de raspão”, conta a testemunha.
O suspeito entrou depois na casa, através da garagem, e deslocou-se às traseiras, para um pequeno quintal com acesso à cozinha e outras casas. “Aqui, empunhou a caçadeira ao vidro da porta da cozinha e disparou outros dois tiros, mas não atingiu ninguém”, contou a testemunha.
Um morador, colega de casa da vítima mortal, conseguiu agarrar a arma após os disparos feitos para a cozinha, impedindo assim que o atirador recarregasse a caçadeira com outros dois cartuchos. Sem a arma em sua posse, o suspeito fugiu e está agora a ser procurado pelas autoridades.
Os moradores desta casa contam que estava à sua espera um outro homem, a pé na via pública, e um terceiro, que estava num carro que utilizaram na fuga. Sobre o motivo do crime, os moradores não adiantam qualquer explicação, referindo hábitos e rotinas completamente normais. “Ninguém tinha conflitos com ninguém”, diz Hardeep.
Grupeet estava há cerca de um ano e meio em Portugal e há dois meses que residia na casa com quartos partilhados na localidade de Praias do Sado. Trabalhava na agricultura. A GNR tentou localizar os suspeitos, sem sucesso, e passou o caso para a PJ. Não são conhecidas detenções.
