Projecto da terceira fase também está a ser elaborado para que monumento possa voltar a ter capacidade hoteleira
Já teve início a obra da segunda fase do reforço estrutural da encosta do Forte de São Filipe, estando nesta altura na fase de realização de trabalhos de contenção da vertente, com muros e pregagens geotécnicas. Com um investimento superior a 4 milhões de euros, esta intervenção visa a salvaguarda e a valorização do monumento nacional com soluções que garantam a “segurança e estabilidade global do local”. Está também em execução o projecto da terceira fase da intervenção, com o objectivo que o monumento “possa voltar a ter capacidade hoteleira”.
Esta obra, iniciada em Janeiro de 2023, inclui ainda a colocação de microestacas e a realização de ancoragens definitivas, entre outras acções. Em nota de Imprensa, a autarquia explica que a intervenção se segue à primeira fase do reforço estrutural da encosta do Forte de São Filipe, executada em 2018, que implementou soluções para “evitar o risco de derrocadas e um conjunto de medidas cautelares relacionadas com a ocupação ou potencial interferência com certas áreas marginais”.
Tendo em conta o estado do monumento, da geologia do local, dos resultados obtidos ao longo dos anos nos dispositivos de instrumentação e observação instalados e dos condicionamentos existentes na zona de intervenção, foi determinada a necessidade de dar continuidade a soluções que “estabilizem a encosta”, esclarece a autarquia.
Quanto a esta nova fase, é assegurada numa empreitada orçada em 4 milhões, 179 mil e 983,98 euros, com financiamento a 75 por cento pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) e comparticipação de 25 por cento pelo Estado, nos termos de um protocolo firmado entre o município, o Estado Português, a Empresa Nacional de Turismo e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (ENATUR).
Ao mesmo tempo está em execução o projecto da terceira fase da intervenção, relacionado com a requalificação das muralhas do forte, tendo como objectivo que o monumento “possa voltar a ter capacidade hoteleira”.
Relativamente a esta fase, foi alvo de um contrato de financiamento no valor de 1 milhão e 100 mil euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sendo este assinado a 11 de Janeiro entre a Câmara Municipal de Setúbal e o Estado, através do Fundo de Salvaguarda do Património Cultural.
Segundo a edilidade, este investimento no Forte de São Filipe, uma infra-estrutura militar construída em 1582 para reforçar a defesa de Setúbal contra a pirataria, inclui “controlo de espécimes vegetais que afectem elementos e reparação de fissuras e fendas na muralha, pátios e paredes das galerias, reforço estrutural, reabilitação e reforço do sistema de drenagem de águas e reposição do sistema de iluminação decorativa”.