26 Junho 2024, Quarta-feira

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Homicídio de Jéssica Biscaia: “Eu não fiz mal à miúda”

Homicídio de Jéssica Biscaia: “Eu não fiz mal à miúda”

Homicídio de Jéssica Biscaia: “Eu não fiz mal à miúda”

Ana Pinto, conhecida por Tita, vai continuar a prestar declarações depois das 14 horas

 

O julgamento do homicídio de Jéssica Biscaia, a menina de três anos que morreu em Junho de 2022 em Setúbal, vítima de maus-tratos, prosseguiu esta manhã, com uma das principais arguidas no processo, Ana Pinto, conhecida por Tita, a aceitar finalmente prestar declarações em tribunal.

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Negou todas as acusações e, passados dez minutos, aconselhada pela advogada, não quis continuar o depoimento.

“[Jéssica] esteve só uma vez na minha casa. Ela pediu-me para ficar com a filha, a um domingo, eu estava a fazer o comer, na cozinha, as miúdas são irrequietas, e a miúda põe-se em cima da cadeira e ao saltar para o cadeirão, caiu. Eu oiço um estoiro [na sala] e vi que ela caiu”, disse Ana Pinto.

O juiz-presidente confrontou-a, lembrando que “a miúda morreu” ao que a arguida respondeu: “Mas não foi que eu fizesse mal à miúda”.

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“No sábado eu entreguei a menina à mãe. Fui sozinha. A menina estava bem. Nesse dia eu liguei para a mãe e disse-lhe ‘vem, que a miúda caiu, vem para irmos ao hospital’. Ela disse que não, que ia no outro dia. Quando ela chegou a minha casa, a menina estava a enrolar a língua, ela pediu-me uma colher e mete na boca para a miúda não enrolar a língua”, acrescentou.

Quando estava a ser questionada sobre a data dos acontecimentos que estava a relatar, pelo juiz-presidente do colectivo, que pretendia saber o dia, a arguida respondeu de forma evasiva e, aconselhada pela advogada, acabou por dizer que não queria continuar o depoimento.

Depois de uma interrupção nos trabalhos, a advogada de Ana Pinto fez saber que a arguida aceitava continuar o depoimento nas condição de os outros arguidos saírem da sala. Depois de consultar os advogados, o colectivo de juízes aceitou, pelo que esta acusada vai continuar a prestar declarações depois das 14 horas, após a interrupção para almoço.

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O pai de Jéssica, Alexandrino Biscaia, que é assistente no processo, vai pedir uma indemnização aos arguidos, de um milhão de euros.

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